Um homem é investigado pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) pelo crime de injúria racial cometido contra uma atendente de lanchonete, em uma posto de gasolina, em Curitiba. O caso foi registrado pela vítima no último sábado (10/8) após um cliente se recusar a ser atendido pela mulher e afirmar que seria “por causa da cor” dela.
De acordo com o advogado da vítima, Igor Ogar, o suspeito foi identificado e as informações repassadas à polícia. Segundo a vítima, que prefere não ser identificada, o homem entrou no local por volta das 21h30 e pediu um lanche.
Leia também
-
Injúria racial: juiz cita “liberdade de expressão” e absolve humorista
-
“Neguinho ladrão”: com 401 casos, injúria racial cresce 8,4% no DF
-
“Cabelo de bucha”: DF teve 706 registros de injúria racial em 2024
-
MP denuncia professora de nutrição por injúria racial com aluno da UnB
A atendente perguntou qual salgado ele iria querer e o cliente disparou: “Eu não quero ser atendido por ela, porque eu fico doente”, disse. Depois, falou para outra pessoa: “Moça, você pode pegar para mim? Porque eu não consigo com gente dessa cor’”, relatou.
Choro e humilhação
Após as ofensas, o cliente desistiu da compra e deixou o local. A funcionária contou que, inicialmente, não percebeu a gravidade do que havia acontecido, mas depois registrou um boletim de ocorrência sobre o caso.
“Eu só desabei e chorei. Senti a dor de outras pessoas que já passaram por isso, pensei nas minhas filhas e sobrinhos. Até hoje, quando lembro disso, começo a chorar porque é uma dor horrível de rejeição. Eu espero que ele pague por isso”, disse.