Esta é a avaliação da diretora técnica do Museu do Futebol, em São Paulo, Marilia Bonas.
À CNN Rádio, no CNN Plural, ela afirmou que o avanço é notório em termos de “visibilidade, cobertura e acesso.”
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“Neste ano, a Seleção Brasileira tem avião específico para as atletas, uniforme próprio, que só surgiu em 2015, além da conquista em investimento – ainda que assimétrico em comparação ao masculino.”
A Seleção estreia na próxima segunda-feira (24), diante do Panamá.
Ao mesmo tempo, a especialista ponderou que “a história do futebol feminino é marcada por desigualdades.”
Marilia lembra que a modalidade feminina foi proibida por lei por mais de 40 anos no Brasil.
A lei entedia “a mulher como tendo a função primordial de reprodutora na sociedade” e, portanto, o corpo feminino “não poderia ser ameaçado nessa função.”
Outras modalidades femininas também foram banidas, como o atletismo.
“Isso não significa que as mulheres pararam de jogar, mas atuavam em campeonatos amadores, no circo, à margem da prática da modalidade, obviamente, com muitos casos de prisão”, disse Marilia.
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Noruega se alinha durante primeira partida da Copa do Mundo Feminina da FIFA na Austrália.
Crédito: Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images
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Hannah Lilian Wilkinson, da Nova Zelândia e da cidade de Melbourne, comemora depois de marcar o primeiro gol de sua equipe durante o primeiro jogo da Copa do Mundo Feminina da FIFA na Austrália.
Crédito: Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images
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Ada Hegerberg da Noruega e Olympique Lyonnais antes da Copa do Mundo Feminina da FIFA na Austrália.
Crédito: Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images
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Hege Riise, treinadora principal da Noruega durante a Copa do Mundo Feminina da FIFA na Austrália.
Crédito: Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images
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Julie Blakstad da Noruega e Manchester City e Catherine Joan Bott da Nova Zelândia e Leicester City competem pela bola durante primeira rodada da Copa do Mundo Feminina da FIFA na Austrália.
Crédito: Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images
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As jogadoras da Nova Zelândia comemoram a vitória após jogo de abertura da Copa do Mundo Feminina da FIFA na Austrália.
Crédito: Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images
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Malia Rose Steinmetz da Nova Zelândia e WS Wanderers e Indiah-Paige Janita Riley da Nova Zelândia e Brisbane Roar comemoram a vitória após primeiro jogo da Copa do Mundo Feminina da FIFA na Austrália.
Crédito: Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images
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Paige Therese Satchell, da Nova Zelândia e do Wellington Phoenix, comemora a vitória após primeiro jogo da Copa do Mundo Feminina da FIFA Austrália.
Crédito: Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images
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Chris Hipkins (à esquerda), primeiro-ministro da Nova Zelândia, sua sobrinha e a ex-primeira-ministra Jacinda Ardern (à direita) parabenizam as jogadoras após a vitória do time por 1 a 0 na primeira rodada da Copa do Mundo Feminina da FIFA na Austrália.
Crédito: Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images
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Uma visão geral durante a partida do Grupo B da Copa do Mundo Feminina da FIFA 2023 entre Austrália e Irlanda no Estádio Austrália em 20 de julho de 2023 em Sydney
Crédito: Matt King – FIFA/FIFA via Getty Images
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Steph Catley, da Austrália, converte o pênalti para marcar o primeiro gol do time durante a partida do Grupo B da Copa do Mundo Feminina da FIFA Austrália e Nova Zelândia 2023 entre Austrália e Irlanda
Crédito: Cameron Spencer/Getty Images
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Steph Catley, da Austrália, comemora após marcar o primeiro gol de sua equipe
Crédito: Mark Metcalfe – FIFA/FIFA via Getty Images
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Jogadoras da República da Irlanda posam para uma foto da equipe antes da partida do Grupo B
Crédito: Robert Cianflone/Getty Images
Ela explicou que isso começou a mudar na década de 80, no período de redemocratização, e em 1983 o decreto caiu.
“A partir disso, começa reorganização, mesmo que no amador, para as mulheres voltarem oficialmente a competir.”
O Museu do Futebol, que fica no estádio do Pacaembu, em São Paulo, trabalha desde 2015 sobre o futebol feminino.
Atualmente, acontece a exposição Rainha de Copas, que conta a trajetória dos mundiais femininos, que teve a primeira competição em 1991.