Empresário acusa Judiciário de Alagoas de fraudes e arbitrariedades em petição ao TJAL

Robson Calixto, dono do Alagoas Cursos, aponta suposto esquema envolvendo magistrados, advogados e o deputado estadual Antônio Albuquerque

Foto: Robson Calixto

Foto: Robson Calixto

O economista e empresário Robson Bernardo Calixto, proprietário da instituição de ensino Alagoas Cursos, fechada durante a pandemia de covid-19, protocolou uma petição no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) denunciando o que considera um esquema de arbitrariedades e fraudes processuais dentro do próprio Judiciário alagoano.

Endereçado aos 17 desembargadores que compõem a Corte, o documento afirma que Calixto estaria sendo vítima de um “grupo paralelo ao poder público legalmente constituído”, que atuaria com o objetivo de tomar ilegalmente seu patrimônio.

Na peça, o empresário cita nomes de magistrados, advogados e autoridades públicas que, segundo ele, fariam parte da rede de favorecimentos judiciais. Entre os acusados, está o deputado estadual Antônio Albuquerque (Republicanos), apontado como o principal beneficiário das supostas manobras processuais.

Calixto também relata a intenção de reabrir o Alagoas Cursos, cuja interrupção das atividades ocorreu em razão da crise sanitária, e afirma que, desde então, vem enfrentando obstáculos judiciais que considera suspeitos e direcionados.

As denúncias deverão agora ser analisadas pelo Tribunal, que ainda não se pronunciou oficialmente sobre o conteúdo da petição. Caso acolhidas, as alegações podem dar início a investigações internas ou desdobramentos no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A reportagem tentou contato com o deputado Antônio Albuquerque e com os nomes citados, mas até o fechamento desta edição, não obteve retorno.

O caso reacende o debate sobre transparência e integridade no sistema judiciário alagoano e promete repercussões nos meios político e jurídico do estado.

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