A filha da arquiteta Adriana Villela, a policial civil Carolina Villela, foi pessoalmente ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) acompanhar o julgamento da mãe, que será retomado na tarde desta terça-feira (5/8). Adriana é acusada de ser a mandate do assassinato dos pais, José Guilherme e Maria, e da funcionária do casal, Francisca Nascimento da Silva. O caso é conhecido como Crime da 113 Sul.
A análise na Sexta Turma do STJ começa com o placar de 1 a 0 pela execução imediata da pena pela arquiteta, condenada pelo Tribunal do Júri de Brasília a 61 anos de prisão pelo triplo homicídio.
Em março, no início do julgamento do recurso da defesa de Adriana Villela, o ministro relator, Rogerio Schietti Cruz, votou pela prisão imediata da ré. A avaliação foi suspensa após o ministro Sebastião Reis Junior, presidente do colegiado, pedir vista.
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Filha de Adriana Villela, Carolina Villela acompanha julgamento da mãe no STJ
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
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Promotor de Justiça do DF Marcelo Leite atua no caso do Crime da 113 Sul
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Filha de Adriana Villela, Carolina Villela acompanha julgamento da mãe no STJ
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Filha de Adriana Villela, Carolina Villela acompanha julgamento da mãe no STJ
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Em 2019, Adriana Villela foi condenada pela morte dos pais e da empregada
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Na sessão desta terça-feira, Sebastião Reis apresentará seu voto-vista. Pela sequência, após Sebastião Reis, votam o ministro Antônio Saldanha; o desembargador Otávio de Almeida Toledo e o ministro Og Fernandes.
Defesa e acusação
Os advogados de Adriana pediam que a Corte anulasse o júri que condenou a arquiteta a mais de 60 anos pela morte dos pais e da empregada da família. Os advogados Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e Marcelo Turbay, que fazem a defesa da ré, alegam que houve parcialidade de uma das juradas – a mulher se manifestou nas redes sociais contra um advogado de Adriana e mentiu perante o juiz.
A defesa disse que a investigação foi desastrosa e não considerou provas que, segundo os advogados, inocentariam Adriana, como o fato de ela ter enviado um e-mail do computador de sua casa a amigos na hora em que a acusação aponta que a arquiteta estaria na residência dos pais.
Em carta divulgada na véspera do julgamento no STJ, Adriana Villela afirmou que é apontada como “a algoz daqueles que mais amei na vida, meu sangue, minha essência: meus próprios pais e a querida Francisca”. “Tenho sido terrivelmente injustiçada, mas ainda respiro”, completa Adriana. Ela finaliza o texto e diz que ora por justiça. “Eles podem tentar roubar minha paz, minha dignidade, minha história, mas jamais conseguirão destruir a minha alma, a minha essência”.
A acusação mantém expectativa pela rejeição dos pedidos de Adriana Villela. Para o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), “o veredito do Tribunal do Júri de 2019 deve ser mantido, pois as teses de nulidade são descabidas e já foram superadas nas fases anteriores do processo”.
“O MPDFT espera que o STJ siga o voto do relator, ministro Rogério Schietti Cruz, que já se posicionou pela rejeição do recurso da defesa e pela prisão imediata de Adriana Villela em sessão realizada dia 11 de março de 2025”, declarou o órgão.
Colaboraram Isadora Teixeira e Samara Schwingel