Gordura no fígado: 5 vegetais que podem ajudar a “limpar” o órgão

A esteatose hepática, mais conhecida como gordura no fígado, tem se tornado cada vez mais comum e está diretamente associada ao excesso de peso, alimentação desequilibrada, consumo de álcool e sedentarismo.

Quando não tratada, pode avançar para quadros mais graves, como inflamações, cirrose e até câncer. A boa notícia é que o órgão possui grande capacidade de regeneração e responde bem a mudanças no estilo de vida.

O que é gordura no fígado?

Segundo o nutricionista Guilherme Lopes, que atende em Brasília, incluir alimentos específicos no dia a dia faz diferença. Ele explica que priorizar nutrientes como antioxidantes, colina, ácido alfa-lipóico e compostos ricos em enxofre contribui para o funcionamento adequado do fígado.

“Além de ajudar a reduzir o estresse oxidativo nas células hepáticas, esses nutrientes auxiliam na metabolização de gorduras, prevenindo o acúmulo de lipídios no fígado. Eles também favorecem a desintoxicação e protegem o órgão”, afirma.

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A esteatose hepática é popularmente conhecida como gordura no fígado

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A condição de gordura no fígado acomete 30% da população mundial

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Alterações na função hepática podem provocar distúrbios do sono, como insônia, sonolência diurna e ciclos de descanso irregulares

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No início, as manifestações costumam ser inespecíficas, como cansaço, fraqueza, perda de apetite, náuseas, sensação de inchaço abdominal ou desconforto do lado direito do abdome

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O especialista cita frutas cítricas, ovos, peixes, cebola e alho como exemplos que podem integrar uma alimentação equilibrada. Entre os alimentos que se destacam no cuidado com o fígado estão cinco vegetais presentes no dia a dia dos brasileiros. Confira:

Vegetais com potencial para “limpar” o fígado

A alcachofra é uma das opções mais potentes quando o assunto é saúde do fígado. Rica em cinarina, ela estimula a produção de bile e ajuda na proteção das células hepáticas.

“Estudos mostram seu efeito hepatoprotetor, inclusive em quadros de esteatose hepática leve”, afirma a nutricionista clínica Sabina Donadelli, que atua em São Paulo.

O brócolis também merece espaço no prato. Fonte de sulforafano, composto reconhecido pela ação antioxidante e desintoxicante, o vegetal estimula enzimas responsáveis por neutralizar toxinas e metabolizar gorduras acumuladas. “Ele ativa as enzimas da fase 2 do fígado, responsáveis por neutralizar toxinas lipossolúveis”, explica Sabina.

A beterraba, conhecida pela cor intensa, entrega uma combinação de betalaínas com efeito anti-inflamatório e desintoxicante. Segundo a nutricionista, esses compostos ajudam na oxigenação das células e no transporte mais eficiente de nutrientes para o fígado, favorecendo sua recuperação.

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A couve também merece destaque. Com boa quantidade de clorofila e das vitaminas C e K, ela ajuda a reduzir o estresse oxidativo e favorece processos naturais de limpeza do fígado.

A nutricionista Taynara Abreu acrescenta que os compostos sulfurados presentes na folha colaboram para a desentoxicação hepática. “Eles ajudam o organismo a metabolizar melhor gorduras e substâncias nocivas”, afirma.

A especialista cita ainda a cebola, que contém quercetina, flavonoide com propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes capazes de reduzir a resistência à insulina e a inflamação hepática. “A presença de enxofre estimula a produção de glutationa, um dos principais antioxidantes produzidos pelo fígado”, diz Taynara.

Os nutricionistas lembram que a adoção desses vegetais é apenas uma parte do processo. Para que o fígado consiga se recuperar,  é importante manter uma alimentação balanceada de forma constante, praticar atividade física regularmente e evitar o consumo de álcool e o tabagismo.

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