Na manhã desta terça-feira (24/9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou na abertura da 79ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Seguindo a tradição de décadas, o Brasil foi o primeiro país a falar no evento. O presidente destacou a urgência de enfrentar as mudanças climáticas e cobrou dos países ricos maior responsabilidade no financiamento de ações de preservação ambiental, especialmente em nações menos desenvolvidas.
Lula ressaltou os desafios que o Brasil tem enfrentado com os incêndios florestais, enfatizando a necessidade de um esforço global para combater os efeitos do aquecimento global. Segundo ele, os países desenvolvidos, que historicamente mais contribuíram para a crise climática, devem liderar o financiamento para a preservação em países como o Brasil, que possuem vastas áreas de importância ecológica global, como a Amazônia.
Além da pauta ambiental, o presidente aproveitou o palco da ONU para defender a reforma de organismos internacionais, como o próprio Conselho de Segurança. Lula criticou a estrutura atual, que reflete uma ordem mundial pós-Segunda Guerra Mundial, desatualizada diante dos desafios geopolíticos do século 21. Ele mencionou os conflitos recentes, como os bombardeios de Israel no Líbano e a crescente tensão no Oriente Médio, reforçando a necessidade de uma governança global mais inclusiva e representativa.
Desde que chegou a Nova York no último sábado (21), Lula tem participado de uma série de encontros bilaterais e eventos paralelos à Assembleia Geral. Após seu discurso, o presidente terá mais reuniões com chefes de Estado, empresários e participará de um evento em defesa da democracia, coorganizado por Brasil e Espanha.
A fala de Lula reafirma o papel do Brasil no cenário internacional como uma voz ativa em questões ambientais e de governança global, temas que têm ganhado destaque na agenda internacional.