A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou nesta quarta-feira (16/10) de uma audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. Durante o encontro, a ministra fez duras críticas aos cortes no Orçamento destinados ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), atribuindo a falta de recursos ao aumento das queimadas no país.
Marina destacou que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 não alocou verbas suficientes para o combate ao desmatamento e aos incêndios florestais. Em resposta às críticas de parlamentares, a ministra reforçou a necessidade de um maior investimento para prevenir esses crimes ambientais, ao afirmar que as penalidades aplicadas atualmente são “insuficientes” para coibir o desmatamento ilegal.
“Precisamos ampliar os recursos, mas o que nós realmente necessitamos é que, durante o período de estiagem, as pessoas não iniciem focos de incêndio. Caso contrário, vamos apenas gastar dinheiro público em uma questão que poderia ser evitada com medidas preventivas”, ressaltou Marina.
A ministra também comentou sobre as condições climáticas que intensificaram as queimadas neste ano. Segundo ela, a combinação de altas temperaturas e baixa umidade foi determinante para os incêndios florestais, mas alertou que, no caso específico do Pantanal, as queimadas ocorridas antes da temporada de raios foram todas causadas por ação humana.
O cenário apresentado pela ministra enfatiza a importância de recursos adequados e políticas preventivas para enfrentar os desafios ambientais, sobretudo em momentos críticos de seca e incêndios, que afetam diversas regiões do Brasil.