Morre Shahram Afrahi, professor do Instituto de Artes da UnB

Alunos da Universidade de Brasília (UnB) lamentaram a morte do professor do Instituto de Artes Shahram Afrahi (foto em destaque), de 60 anos, ocorrida na última sexta-feira (17/10).

Ele era docente substituto do Departamento de Artes Visuais e ministrava aulas de desenho. A causa da morte não foi divulgada.

Doutor em Artes Visuais (2012), mestre em História (2000) e graduado em Arquitetura e Urbanismo (1994), todos pela UnB, Shahram é lembrado por ex-alunos e colegas pela paixão pelo ensino.

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Shahram Afrahi nos primeiros anos de carreira, quando iniciava sua trajetória na UnB

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Shahram Afrahi em momento de descontração, lembrado por colegas e estudantes como apaixonado pelas artes e pela universidade

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Professor Shahram Afrahi em sala de aula, compartilhando seu amor pelo desenho com os alunos

Em nota, a Universidade de Brasília lamentou profundamente a perda, e destacou que Shahram deixa um legado de dedicação ao ensino, à pesquisa e à produção artística.

“Ele contribuiu de forma significativa para a formação de gerações de profissionais e para o fortalecimento das artes na UnB”, afirmou a instituição, que expressou solidariedade a familiares, amigos, colegas e estudantes.

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Para Maria Clara Bonifácio, 22 anos, estudante do 5º semestre de publicidade, o professor deixava claro que seu lugar era na universidade.

“Fazia questão de estar próximo dos alunos. No fim do semestre, sempre chamava a turma para confraternizar, comer uma pizza, para termos esses momentos de integração. Foi uma perda muito grande para a UnB”, contou.

Cecília Fonseca, aluna do 8º semestre de arquitetura e urbanismo e monitora do professor, lembra de Shahram como um docente boêmio, criativo e apaixonado pelas artes.

“As exposições dos trabalhos costumavam ser mostradas na parede de um bar em frente ao Pão de Açúcar. Ele era um boêmio da Asa Norte, e tinha bastante simpatia pelos alunos de arquitetura, por também ter se formado na área antes de se dedicar às artes”, disse.

“Tinha o sonho de publicar seu livro que se chamaria ‘Os cavaleiros da távola quadrada’, embora não tenha conseguido finalizar”, relatou.

A professora e colega Therese Hofmann, do Instituto de Artes, também prestou homenagem nas redes sociais. “Nos conhecemos nos anos 1990 e viramos amigos. Trabalhamos juntos em várias ocasiões”, escreveu.

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