Obesidade: cientistas identificam cinco novos genes ligados à doença

Um grupo de pesquisadores da Faculdade de Ciências Eberly, da Pennsylvania State University (Penn State), identificou cinco novos genes ligados à obesidade. O trabalho foi publicado em 30 de outubro na revista Nature Communications e avaliou informações genéticas de 839.110 pessoas de diferentes origens.

A equipe analisou dados de grandes biobancos dos Estados Unidos e do Reino Unido para entender como variações genéticas raras afetam o índice de massa corporal (IMC).

Leia também

Ao comparar genomas de pessoas de seis etnias diferentes, os cientistas descobriram cinco genes até então desconhecidos que se relacionam ao ganho de peso: YLPM1, RIF1, GIGYF1, SLC5A3 e GRM7.

Esses genes parecem influenciar o funcionamento do cérebro e do tecido de gordura, o que pode aumentar o risco de obesidade grave, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. Segundo o estudo, alguns deles têm efeito comparável aos dos genes já conhecidos, como o MC4R, um dos principais ligados ao controle do apetite.

A pesquisa enfatiza que a genética da obesidade é mais complexa do que se pensava e que há variações que só aparecem quando se analisam populações diversas. Isso reforça a importância de incluir diferentes grupos étnicos em grandes estudos genéticos — a maioria das pesquisas anteriores focava pessoas de origem europeia.

Os cientistas ressaltam que ter uma dessas mutações não determina o desenvolvimento da obesidade. Fatores como alimentação, sono, atividade física e ambiente continuam sendo decisivos.

Os próximos passos da equipe de pesquisa envolvem entender melhor como cada um desses genes atua no organismo e se podem servir como alvos para novos medicamentos.

A descoberta, segundo os pesquisadores da Penn State, ajuda a avançar na compreensão das causas da obesidade e pode abrir caminho para tratamentos personalizados no futuro.

Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!

Sair da versão mobile