Em entrevista ao Metrópoles, o motorista de ônibus João de Assis da Silva Matos (foto em destaque), de 50 anos, fez um desabafo sobre a morte do filho dele, João Gabriel Matos da Silva, de 20 anos. O estudante de tecnologia da informação foi morto a tiros por um policial civil, nesta quinta-feira (14/8), na Quadra 509 do Recanto das Emas.
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De acordo com relatos de testemunhas, o policial civil estava no local para entregar uma intimação em um carro branco descaracterizado. João Gabriel e um amigo, de 15 anos, passaram pelo endereço pilotando uma motocicleta.
O policial, então, teria abordado os dois e pedido para que eles parassem. No entanto, João Gabriel, que estava pilotando a moto, não teria obedecido a ordem. Os dois foram atingidos por disparos de arma feitos pelo agente de polícia.
Vizinhos acreditam que João acelerou a moto por pensar se tratar de um bandido, já que o policial estava em um carro sem identificação da PCDF.
“Muita gente da rua viu o que aconteceu. O meu filho passou na rua, na imaturidade dele, acho que o abordaram e ele deve ter se evadido. E aí, deram um tiro letal no meu filho. A bala pegou no peito do meu único filho. Se foi por uma irresponsabilidade de um camarada, que se diz profissional, passa por um treinamento, que não valoriza a vida”, lamentou João Assis.
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João Gabriel era estudante de TI
Reprodução/redes sociais
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Caso ocorreu no Recanto das Emas
Willian Matos / Metrópoles
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Vizinhos e parentes protestaram na delegacia
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Jovem de 20 anos morreu na hora
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João Gabriel foi baleado por um agente da PCDF
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Pai de João Gabriel estava revoltado
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João Gabriel morreu na hora o menor foi levado para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC).
Durante a perícia no local, familiares e amigos de João Gabriel se uniram em um momento de homenagem, protesto e oração. Como João Gabriel era descrito como muito querido na comunidade, o clima na rua era de indignação, tristeza e revolta com o que classificaram como “ação desastrosa” do policial, que até a última atualização deste texto, não teve a identidade revelada.
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Além de se dedicar aos estudos na área de TI, o jovem morto no Recanto das Emas também tinha servido o Exército Brasileiro.