O papa Francisco, de 88 anos, foi diagnosticado com pneumonia nos dois pulmões, conforme divulgado no boletim da Santa Sé desta terça-feira (18/2). A doença foi revelada em uma tomografia computadorizada realizada pela manhã.
O texto afirma que o pontífice apresenta um quadro clínico complexo. A infecção polimicrobiana, que o levou a ser internado no início do mês, foi agravada por uma dilatação e infecção dos brônquios.
A pneumonia bilateral, condição que afeta ambos os pulmões, exige atenção redobrada devido ao risco de complicações. No caso do líder religioso, a doença surgiu em um contexto de fragilidade respiratória pré-existente, o que torna o manejo terapêutico mais desafiador.
O papa está sendo tratado com antibióticos, além de cortisona, um corticoide sintético indicado para asma e alergias.
Apesar da elevada carga de tratamentos, o Vaticano destacou que Francisco está de bom humor, alternando repouso com oração e leitura. “Ele agradece a proximidade que sente dos fiéis e pede, com coração agradecido, que se continue a rezar por ele”, conclui a nota.
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Em janeiro, papa apareceu com o braço imobilizado
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Papa Francisco nomeia novos cardeais
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Papa na Basílica de São Pedro
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Papa Franciso segurando a taça da Libertadores em visita do elenco após a conquista da América em 2014
“Nestes quadros há o risco de insuficiência respiratória. A inflamação persistente das vias aéreas pode comprometer os níveis de oxigênio no sangue, colocando a saúde em risco”, explica.
Complicações do caso do papa
No caso de Francisco, a bronquite asmática e a bronquiectasia — condição que danifica as vias aéreas — criaram um cenário propício para o desenvolvimento da pneumonia bilateral.
O chefe da Igreja Católica teve parte dos pulmões removida aos 21 anos, devido a uma grave pneumonia, o que o tornou mais frágil para problemas respiratórios.
“O comprometimento pulmonar causado pela doença pode levar à insuficiência respiratória. O pulmão adoece e não consegue fazer as trocas gasosas de forma adequada. Se não for tratado, pode ser fatal”, explicou a infectologista Eliana Bicudo, da Sociedade Brasileira de Infectologia do DF, em entrevista anterior ao Metrópoles.