Fim de ano é tempo de balanço, planos novos e aquela sensação de que “agora vai”. Mas a realidade costuma ser outra. Estudos mostram que até 80% das pessoas abandonam suas resoluções antes de fevereiro. O que começa como motivação acaba virando frustração — e o problema nem sempre é falta de força de vontade.
Segundo a psicóloga e neurocientista Anaclaudia Zani, o cérebro costuma operar em modo de autoproteção, priorizando hábitos antigos e evitando esforços extras. “Não é preguiça ou indisciplina. É o cérebro tentando economizar energia”, explica.
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Por que é tão difícil manter as metas?
De acordo com a especialista, o cérebro humano prefere caminhos já conhecidos. Mesmo hábitos ruins parecem mais confortáveis do que mudanças. Criar uma nova rotina exige novas conexões neurais, o que demanda tempo, repetição e constância — exatamente o que o cérebro tenta evitar.
Outro fator é a motivação de curto prazo. Quando uma meta é definida, o cérebro libera dopamina, neurotransmissor ligado ao prazer e à motivação. O problema surge quando os resultados não aparecem rápido. Sem recompensa imediata, o cérebro tende a voltar ao “piloto automático”.
Metas vagas também atrapalham. Objetivos como “entrar em forma” ou “cuidar mais da saúde” confundem o cérebro e aumentam a chance de desistência. O excesso de metas gera sobrecarga mental e paralisação.
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