Professor que agrediu aluno em escola do Guará é afastado por 60 dias

A Corregedoria da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) afastou, nesta terça-feira (8/7), o professor de sociologia Adão Aparecido de Oliveira, envolvido em uma confusão em sala de aula com estudantes do Centro Educacional (CED) 3 do Guará. Um dos alunos provocou o professor e acabou agredido por ele.

Como medida cautelar para investigação do caso, o professor foi afastado de sala de aula por 60 dias, com possibilidade de prorrogação por mais dois meses. Apesar disso, o educador não terá prejuízos na remuneração.

A Coordenação Regional de Ensino (CRE) do Guará informou, ainda nesta terça-feira (8/7), que optou por transferir de escola os alunos envolvidos na confusão.

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A equipe gestora da escola atendeu os estudantes envolvidos no episódio, junto aos respectivos responsáveis por eles, e, em reunião com as famílias dos alunos, definiu a transferência dos jovens para outro colégio.

O Sindicato dos professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) manifestou solidariedade a todos os educadores vítimas de violência nas escolas e cobrou da SEEDF ações efetivas para garantir a segurança e a valorização dos profissionais.

“Faz-se urgente fortalecer a gestão democrática para assegurar a integridade física, moral, emocional e profissional de quem atua no chão da escola e criar um ambiente de respeito mútuo e proteção a quem faz a escola pública acontecer todos os dias”, destacou o Sinpro-DF.

Relembre o caso

Testemunhas da confusão contaram que o adolescente agredido e alguns colegas se reuniram para “rezar” durante a aula, em uma tentativa de debochar do professor, que é ateu. O educador, então, se irritou e partiu para cima do grupo.

Um dos estudantes filmou parte da briga com o celular. No vídeo, é possível ouvir alguns alunos rirem da situação. A gravação, publicada nos Stories do Instagram, também caçoava do fato de celulares serem proibidos nas escolas.

“E o problema nas escolas é o celular. Imagina se não tivesse gravado”, diz a legenda, seguida de emojis de risadas.

Veja imagens:

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Material cedido ao Metrópoles

 

Nas imagens cedidas ao Metrópoles, é possível ver o docente encurralando o aluno no fundo da sala de aula. Na sequência, ele desfere um tapa.

Após a agressão, o garoto dá risada e debocha outra vez: “Oxe. Você vai me bater?”, enquanto o servidor responde, em tom de voz alterado: “Se você me desrespeitar, eu vou. Você está me desrespeitando”.

Ao tomar conhecimento do caso, a CRE do Guará determinou o afastamento imediato do servidor e encaminhou o caso para a Corregedoria da Secretaria de Educação do Distrito Federal.

A reportagem não conseguiu contato com o professor, mas o espaço segue aberto para eventuais manifestações.

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