Quatro meses após ser desalojado, projeto social segue parado no DF

Pouco mais de quatro meses após ser obrigado pela Defesa Civil a deixar o Museu Vivo da Memória Candanga, no Núcleo Bandeirante (DF), o projeto social Gravura em Foco continua com suas atividades paradas. A casa laranja onde ocorriam as aulas foi interditada e o museu passará por reforma. Enquanto isso, nenhum local foi oferecido para que o projeto possa continuar com suas atividades.

A interdição ocorreu em 18 de junho, com base em um laudo emitido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) de março. Na época, os documentos pediam a saída imediata dos alunos bem como os materiais disponibilizados gratuitamente para o funcionamento das aulas.

De acordo com o Gravura em Foco, a renovação do espaço era feita há cada 6 meses pelas professoras do ateliê desde 2013. Este ano, a solicitação de renovação ocorreu em janeiro, mas a gerência do museu não assinou o termo. O grupo também afirmou que, em 2017, a casinha rosa, onde funcionavam as atividades na época, também precisou passar por reforma, mas eles foram realocados imediatamente.

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Gravuras produzidas pelos participantes

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Atividades eram oferecidas de forma gratuita

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Contudo, participantes acabaram desalojados

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Oficinas ocorriam no Museu Vivo da Memória Candanga

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Projeto Gravura em Foco

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Exposição de gravuras produzidas pelos participantes

Ateliê Gravura em Foco/Reprodução7 de 17

Alunos e professores na oficina Gravura em Foco

Ateliê Gravura em Foco/Reprodução8 de 17

Participantes estão sem local para dar continuidade às atividades

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Oficina Gravura em Foco

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Atividades contavam com voluntários

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Criadores das obras podiam receber pela venda delas em exposições

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Alunos e professores em frente à Casa Laranja do ateliê Gravura em Foco

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Oficina de gravura

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Casa Laranja, onde funcionava a oficina de gravura

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Espaço foi interditado pela Defesa Civil

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Aluno Fernando Pedra, integrante do Gravura em Foco, exibe camisa com estampa feita por ele

Isabella Wagner/Metrópoles

A Secretaria de Cultura informou que a renovação para a autorização do funcionamento da oficina no museu não foi feita. Ainda justificou que as casinhas do museu onde aconteciam diversas atividades precisam de manutenção frequente e, às vezes, o fechamento é temporário. Segundo a pasta, os materiais da oficina ainda permanecem no local, o que atrasa o cronograma das obras.

O ateliê disse que eles não possui lugar para guardar os materiais, entre prateleiras, armários, tintas, tesouras, frigobar e uma prensa de gravura, e que precisa de ajuda para transferir o material devido ao peso.

Reformas

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desembolsou R$ 500 mil para reformas no Museu Vivo da Memória Candanga. A iniciativa faz parte do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, que investiu R$ 1,4 milhão do Tesouro Nacional para reformar três projetos arquitetônicos de Brasília: a Praça dos Três Poderes, o Catetinho e o museu.

O Metrópoles entrou em contato com o Iphan, que disse que o projeto de obras se dará em cooperação com a Novacap e que já está na fase inicial de instrução do processo licitatório para a contratação do escritório de arquitetura responsável pela elaboração. Para o caso do museu, a previsão é de que essa licitação seja lançada ainda este ano. O prazo estimado para a realização e conclusão das obras é de 11 meses.

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