Após assembleia realizada pelo Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), no início da tarde desta quarta-feira (3/9), a categoria rejeitou a proposta do governo federal de 18,9% de reajuste salarial da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
Mais de 1,3 mil policiais civis se reuniram no Teatro Unip, na 913 Sul, e os agentes foram unânimes ao recusar a proposta. O grupo segue lutando pela paridade salarial com a Polícia Federal e conta com a sensibilização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os deputados distritais Rafael Prudente (MDB) e Wellington Luiz (MDB), bem como a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) e a senadora Leila Barros (PDT-DF) estiveram presentes na assembleia. Kokay prometeu buscar contato junto ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) para que uma nova reunião seja marcada até a próxima sexta-feira (5/9).
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Diferença salarial entre PCDF e PF
Em negociação com o governo federal em busca de equiparação de salário, a Polícia Civil (PCDF) argumenta sobre a discrepância entre os valores das remunerações das corporações.
O cargo de delegado/perito especial da Polícia Civil da primeira classe, por exemplo, recebe R$ 7 mil a menos que um da Polícia Federal, sendo a maior diferença entre os servidores da mesma ocupação.
A proposta apresentada pelo GDF prevê que o reajuste seja pago em duas parcelas: em setembro de 2025 e em maio de 2026.
O governo do DF encaminhou ao MGI, em abril, os dados sobre a projeção de receitas e despesas da PCDF, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) até 2030. O ministério, desde então, analisava as informações.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse no último dia 25, que, se for para beneficiar as forças de segurança do Distrito Federal, irá até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Quando o Wellington Luiz [presidente da CLDF] me disse que precisava se reunir com a esquerda para tratar da equiparação da remuneração das corporações ao da Polícia Federal, eu disse que quero que dê certo. Só lhe pedi uma coisa, para não ter que ir lá pedir ao presidente Lula. Mas se for para beneficiar as nossas forças de segurança, até para isso vocês podem contar comigo”, comentou o governador, no fim de agosto.
A mediação da negociação salarial da PCDF está sendo mediada por deputados distritais, federais e representantes das polícias Civil e Militar do Distrito Federal, além do ex-ministro do governo Lula, José Dirceu.