“Me ajuda, eu vou morrer.” Após ouvir essas palavras proferidas pela sobrevivente do triplo homicídio ocorrido no Sol Nascente (DF), na madrugada dessa quinta-feira (18/12), uma testemunha decidiu ajudá-la a escapar de um assassino encapuzado.
A mulher, de 20 anos, buscou abrigo em uma residência próxima após a morte de José Raivan Vieira Andrade, de 44 anos, Ariane de Oliveira Nunes, 40, e Wanderson Santana Rios, 17.
A testemunha, que pediu para não ser identificada, disse que tinha acabado de deitar na cama quando escutou os estampidos dos disparos e os latidos de cães da vizinhança. “Eu escutei primeiro um barulho de um portão se abrindo e logo depois começou os disparos. Foram uns 16 tiros que escutei”, contou.
Entenda o caso:
- A vítima sobrevivente do caso de triplo homicídio informou à polícia que o autor do crime invadiu a casa com o rosto coberto por uma toca.
- No hospital, ela contou que Ariane e Wanderson, estavam dentro de casa com ela, quando escutaram um barulho de tiro na frente da residência.
- Segundo a sobrevivente, esse disparo inicial matou José Raivan, que estava do lado de fora. Logo após ouvir os tiros, o homem entrou na casa e atirou nos outros três.
- A sobrevivente acrescentou que, apesar de o rosto estar encoberto, acredita que o autor seja um vizinho de Wanderson, e que a motivação do crime seria um acerto de contas.
Ele ressalta que tudo aconteceu “muito rápido”, e, quando foi averiguar a situação, viu a vítima sobrevivente correndo em direção à sua casa.
“Foi quando então meu filho abriu a porta e ela entrou para dentro de casa falando: ‘Me ajuda, me ajuda, eu vou morrer’. O cara [autor] acertou três tiros nela, na perna, no braço e um outro que rasgou o rosto”, contou.
A testemunha acrescentou que não conseguiu identificar quem efetuou os disparos.
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Triplo homicídio: homem encapuzado invadiu casa para acerto de contas
Veja como ficou a casa após o crime brutal:
Um dos quartos em que as pessoas morreram ficou com o chão manchado de sangue
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Os disparos também acertaram a parede da casa
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Manchas de sangue também ficaram registradas nas paredes da casa
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Três pessoas morreram no local
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Uma testemunha disse que foram disparados aproximadamente 16 tiros
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As balas disparadas ficaram espalhadas pela casa
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Sobre o triplo homicídio
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada para atender a ocorrência e, ao chegar ao local, encontrou três pessoas já sem vida.
Segundo o delegado Fernando Fernandes, chefe da 19ª Delegacia de Polícia (Setor P Norte), uma das linhas de investigação aponta que a execução tenha relação com um acerto de contas, possivelmente envolvendo o tráfico de drogas.
Fernandes contou que tanto Wanderson como José Raivan têm passagens por tráfico.
A vítima sobrevivente também revelou, durante depoimento gravado no hospital, que ela estava com o namorado e Ariane fumando quando o atirador invadiu a casa disparando contra eles.
Quem tiver informações sobre o criminoso encapuzado deve ligar para o 197 da Polícia Civil. O sigilo é garantido.
