A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), iniciou, nessa segunda-feira (16/10), a Operação Mute. Realizada em 23 estados, o objetivo da ação é identificar e retirar celulares no interior de presídios e, assim, combater a comunicação ilícita do crime organizado. A iniciativa conta com o apoio das polícias penais estaduais.
A operação ocorreu nos seguintes estados, de forma ordenada:
Acre
Amapá
Bahia
Espírito Santo
Maranhão
Minas Gerais
Mato Grosso do Sul
Pará
Paraíba
Pernambuco
Paraná
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Roraima
Rio Grande do Sul
Sergipe
São Paulo
A ação tem dois focos: o primeiro é cortar a comunicação por meio do uso de tecnologia que embaralha o sinal, e, em seguida, buscar os aparelhos com ações de revistas em pavilhões e celas. Mais de 1,3 mil policiais penais federais e estaduais trabalham na ofensiva em 76 unidades prisionais.
Celulares
Os celulares, bem como outras soluções tecnológicas, são as principais ferramentas utilizadas pelas quadrilhas para o cometimento de crimes e o consequente avanço da violência nas ruas.
“Essas comunicações proibidas configuram um problema nacional com sérios impactos sociais, psicológicos e econômicos. Por isso, a Senappen está dedicando esforços juntamente com as administrações penitenciárias dos estados e do Distrito Federal para o desenvolvimento de ações que fortaleçam o sistema penal, bem como ações para combater todas as formas de ilícitos”, destaca o secretário Nacional, Rafael Velasco.
Polícia penal
Essa etapa da Operação Mute se estenderá até a próxima sexta-feira (20/10) e incluirá, ao longo da semana, outros seis estados: Alagoas, Amazonas, Ceará, Mato Grosso, Piauí e Santa Catarina.
O diretor de Inteligência Penitenciária (Dipen/Senappen), Abel Barradas, destaca a importância e o ineditismo dessa operação que combina ferramentas de tecnologia com as ações de revistas no interior das unidades prisionais.
“A Operação Mute é a maior em abrangência realizada pela Senappen, pelo número de estados participantes e quantidade de policiais penais federais e estaduais envolvidos. A operação foi planejada para ocorrer ao mesmo tempo e de forma coordenada, de modo a interromper, localizar e buscar os aparelhos telefônicos no interior das unidades prisionais”, afirma Abel.