O Conselho de Administração da Petrobras aprovou nesta quinta-feira (21) o Plano de Negócios 2025-2029 (PN 2025-29), que prevê investimentos totais de US$ 111 bilhões no período. O plano, dividido em duas frentes, inclui metas de curto e médio prazo (PN 2025-29) e uma visão estratégica de longo prazo para 2050 (PE 2050).
A maior parcela dos recursos, US$ 77 bilhões, será destinada à exploração e produção (E&P), com cerca de 60% focados nos ativos do pré-sal. A companhia também investirá em revitalizações de campos maduros na Bacia de Campos, com o objetivo de aumentar os fatores de recuperação de petróleo e gás.
Além do E&P, o plano contempla:
– US$ 20 bilhões para refino, transporte e comercialização (RTC), um aumento de 17% em relação ao plano anterior, com foco na ampliação da capacidade de refino e na oferta de produtos de maior qualidade, como Diesel S10 e combustíveis de baixo carbono.
– US$ 11 bilhões para gás natural e energias de baixo carbono, incluindo o desenvolvimento de duas novas termelétricas no Complexo de Energia Boaventura, em Itaboraí (RJ).
– US$ 3 bilhões para iniciativas corporativas.
A Petrobras destinará US$ 16,3 bilhões para a transição energética, incluindo projetos de descarbonização e desenvolvimento de energias de baixo carbono. Este valor representa um aumento de 42% em relação ao plano anterior. O objetivo é alinhar os investimentos às metas de neutralizar emissões operacionais até 2050 e expandir a oferta de energia sustentável.
No longo prazo, a Petrobras projeta um crescimento no fornecimento de energia, que deve passar de 4,3 exajoules (EJ) em 2022 para 6,8 EJ em 2050, consolidando a empresa como responsável por 31% da oferta primária de energia no Brasil.
O novo plano reflete o compromisso da Petrobras com a ampliação da produção de energia, a redução da pegada de carbono e o fortalecimento de sua atuação no mercado de óleo, gás e energias renováveis. Com investimentos robustos, a estatal busca equilibrar sustentabilidade e rentabilidade, posicionando-se como um ator-chave na transição energética global.
Este plano marca uma nova fase para a empresa, que almeja não apenas liderar no setor de energia, mas também contribuir para um futuro mais sustentável.