Geron Almeida Oliveira (foto em destaque), 30 anos, é suspeito de invadir o apartamento da ex-companheira e atear fogo no imóvel. O caso aconteceu na manhã de domingo (27/7), no bairro Mansões Por do Sol, em Águas Lindas (GO), Entorno do Distrito Federal.
Na noite anterior ao incêndio, no sábado (26/7), o homem já havia matado espancado o gato da vítima no local. Mesmo assim, apesar de não ter mais autorização para acessar o imóvel, ele retornou no dia seguinte e incendiou o apartamento.
Uma câmera de segurança instalada no prédio registrou a presença de Geron no residencial. Ele chegou no local por volta das 6h59 e foi visto indo embora às 7h06. O homem conseguiu entrar no condomínio pois tinha a senha de acesso da portaria.
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No momento em que o apartamento pegou fogo, não havia ninguém dentro do imóvel. Vizinhos perceberam a fumaça e acionaram o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO) e a proprietária do apartamento.
O CBMGO atendeu à ocorrência por volta das 7h33. Os socorristas isolaram a área e conseguiram extinguir as chamas. Não houve feridos. Um laudo pericial ainda será feito.
Ao Metrópoles Mirian Karoline Gomes Moreira, 27 anos, contou que manteve um relacionamento por cinco anos com o suspeito, com quem tem uma filha de 3 anos.
A relação do casal terminou há cerca de dois anos. Segunda ela, desde o término, deixou claro que não desejava reatar, mas ele insistia constantemente. Com o tempo, a insistência dele teria se tornado abusiva.
Ainda assim, a autônoma permitia que Geron frequentasse a casa dela para ajudar a cuidar da criança. “Por um gesto de confiança e necessidade, permiti que ele ficasse em meu apartamento na última semana enquanto eu trabalhava”, diz.
Morte de gato
Mirian relata que, na noite de sábado, ele ligou para ela dizendo que estava alterado e que tinha misturado remédio com bebida alcóolica.
“Infelizmente, a situação saiu totalmente do controle. Pedi para ele sair da minha casa e liguei para a minha mãe buscar minha filha. Ele teve um surto de raiva ao perceber que eu não queria mais nenhum vínculo com ele. Em um ato cruel e revoltante, ele matou o meu gato a socos”, alega a mulher.
Inicialmente, Geron contou que o gato havia atacado a criança e, por conta disso, empurrou o felino, que teria morrido por conta do impacto. No entanto, posteriormente, ele enviou um áudio dizendo que tinha “dado porrada” no animal de estimação.
“Tive de lutar com o seu gato de 8 anos, né? Que é um gato que não se coloca dentro de casa. […] E eu dei um monte de porrada nele mesmo. Dei um monte de porrada. Me desculpa, me desculpa, mas ninguém vai atacar a minha filha para ficar com verme de porra de gato não. Todo mundo falou que esse gato de 8 anos não tem essa de convívio, não”, disse o homem na gravação.
Ouça:
Diante da situação, Mirian disse que, além de pedir para a mãe ir até lá, também acionou a Polícia Militar de Goiás (PMGO).
“Quando essas pessoas chegaram ao local, encontraram o agressor armado com uma faca, impedindo qualquer aproximação. Nesse momento, ele já estava destruindo móveis e objetos dentro do meu apartamento”, acusa.
De acordo com a mulher, o ex-companheiro não chegou a ser preso. Os policiais teriam orientado ele deixar a residência.
“Quando foi por volta das 7h de domingo, ele entrou na minha casa, sabendo que tinha ocorrência, e queimou tudo. Ele só não me matou porque eu não estava casa. Como a portaria é remota e ele possuía cadastro de visitante, o correto seria que o porteiro me contatasse para autorizar a entrada, mas isso não foi feito”, comenta.
Os episódios envolvendo Geron foram registrados na 1ª Delegacia de Polícia de Águas Lindas. A vítima também requereu medidas protetivas para ela e a filha contra o suspeito.
Por meio de nota, a PMGO confirmou que, na noite de domingo (26/7), foi acionada para averiguar uma ocorrência em um apartamento localizado em Águas Lindas de Goiás.
“Uma equipe foi prontamente deslocada ao local, onde foram encontrados apenas o morador e seus sogros. A vítima não se encontrava presente no momento do atendimento e não foi constatada nenhuma irregularidade que justificasse medida policial adicional. Diante da inexistência de flagrante delito ou indícios de crime, a ocorrência foi registrada por meio de Registro de Atendimento Integrado (RAI)”, disse a PMGO
A reportagem também acionou a Polícia Civil de Goiás para solicitar mais informações sobre o caso, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto.