O homem acusado de matar Jhon Franklin de Moraes Fiúsa, 37 anos, na manhã da última quarta-feira (22/10), em uma feira no Setor M, CNM 2, em Ceilândia (DF), se apresentou à polícia nesta sexta-feira (24/10). Ele compareceu à 19ª Delegacia de Polícia (P Norte) acompanhado do advogado e, em seguida, foi conduzido para a 15ª DP, onde teve o mandado de prisão cumprido.
Segundo o delegado Ataliba Neto, responsável pelas investigações, o suspeito — que é professor e também trabalha como feirante — procurou a polícia de forma espontânea. “Ele se apresentou lá na 19ª DP com o advogado dele. Fomos informados, buscamos e conduzimos para a 15ª, onde foi cumprido o mandado de prisão e realizado o interrogatório”, explicou o delegado.
Depoimento
Durante o depoimento, o acusado negou ter cometido o crime de forma intencional e alegou legítima defesa. Ele afirmou que foi agredido por Jhon e pelo pai dele com “pau, pedra e barra de ferro” e que apenas segurava uma faca junto ao peito quando a vítima teria se ferido ao avançar sobre ele.
Contudo, a versão não convenceu os investigadores. “Essa narrativa não condiz com os depoimentos das testemunhas. Acreditamos que ele tenta apenas minorar a própria responsabilidade”, disse Ataliba Neto.
O delegado relatou, ainda, que o suspeito contou ter ficado desorientado após o crime, por conta das agressões que sofreu, e que perambulou pela região de Ceilândia antes de ir para a casa de familiares no Recanto das Emas. “Segundo ele, o filho chegou a orientá-lo a fugir do DF, mas ele decidiu se apresentar. Disse que não adiantava passar a vida inteira foragido”, completou o delegado.
O caso ocorreu na manhã de quarta-feira (22/10), quando Jhon Franklin interveio em uma briga entre o pai, Francisco, vendedor de lanches, e o suspeito, que comercializa roupas e calçados usados na feira. Após o desentendimento, o autor saiu do local, mas retornou armado com uma faca e atingiu Jhon no tronco.
A vítima foi socorrida pela esposa e levada ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), mas não resistiu aos ferimentos. A 15ª Delegacia de Polícia investiga o caso como homicídio qualificado.
