As 80 famílias que ocupavam o Hotel Colorado, em Taguatinga, começaram a desocupar o local abandonado no fim da manhã desta quinta-feira (30/10), após mais de três horas de negociação entre os ocupantes e a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
Segundo a corporação, aproximadamente 100 pessoas viviam no hotel de forma irregular desde o dia 7 de setembro. Cientes da situação, cumpriram nesta quinta uma ordem judicial de reintegração de posse do antigo local.
Segundo o tenente-coronel Elisson Sousa, responsável pela operação, o grupo será transportado de ônibus para o destino que desejar. O imóvel fica agora sob a responsabilidade dos proprietários. Eles contrataram seguranças privados para fazer a vigilância do hotel.
Durante a ação, a PMDF isolou a área e impediu a circulação de carros por ela. Com fim da desocupação, o trânsito foi liberado no início da tarde.
Desocupação
Durante o momento da chegada dos policiais ao hotel, alguns ocupantes tentaram impedir a ação, ergueram barricadas e cobriram o rosto com capuzes.
Alguns integrantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) estariam inclusos neste grupo. Apesar da tensão, não houve registro de violência.
O Hotel Colorado, onde está sendo realizada a ação, fica em Taguatinga
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Policiais cumprem a medida de desocupação após uma ordem judicial
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E buscam negociar a saída dos moradores do hotel
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Durante o momento da chegada dos policiais ao hotel, alguns ocupantes tentaram impedir a ação
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A área foi isolada e cercada por policiais
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Integrantes do MBL estão entre os moradores que estão ocupando o hotel
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Ocupantes estariam no local desde o dia 7 de setembro
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Mais de 15 viaturas estão presente no local
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A Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes-DF) também foi ao local para auxiliar na negociação para encaminhar os moradores para unidades de assistência social.
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A Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) informou que acompanhou as ações e que a instituição já havia sido acionada pelo MLB. Na ocasião, o movimento justificou que o objetivo do acionamento era de “denunciar o descumprimento da função social da propriedade do imóvel e o déficit habitacional existente no DF”.
“A DPDF, ao tomar conhecimento da decisão, requereu que a desocupação ocorresse apenas após o atendimento socioassistencial das famílias. Em 10 de outubro, foi realizada audiência de conciliação, oportunidade em que o movimento social concordou com a desocupação pacífica do prédio, após a conclusão do levantamento socioeconômico pela Sedes”, explicou em nota.
