A partir desta sexta-feira (1º/10), as contas de luz dos brasileiros passam a ser taxadas pela bandeira amarela, trazendo um alívio significativo em relação à bandeira vermelha que vigorou em setembro e outubro. O valor extra cobrado a cada 100 kWh consumidos, que estava em R$ 7,877, será reduzido para R$ 1,885.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) atribui a mudança à melhoria das condições de geração de energia, favorecidas pelo aumento das chuvas em outubro. No mês anterior, a bandeira tarifária era vermelha patamar 1. Com a persistência da seca, em outubro o governo acionou o patamar 2 da bandeira vermelha pela primeira vez desde 2021.
A política de bandeiras tarifárias tem como objetivo ajustar o custo da energia conforme as condições dos reservatórios de água, que são essenciais para a produção de energia hidrelétrica no Brasil. Esse sistema é ativado sempre que o nível dos reservatórios está abaixo do esperado, exigindo a utilização de usinas termelétricas, que têm custo mais elevado de operação.
Apesar da melhora no cenário hídrico, a Aneel alerta que a necessidade de produção adicional por termelétricas permanece, impedindo que a bandeira verde – que não gera acréscimo na tarifa – seja adotada. Segundo a agência, as projeções climáticas para os próximos meses indicam que a recuperação dos níveis dos reservatórios ainda levará tempo.
“As previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ainda permanecem abaixo da média, indicando a necessidade de geração termelétrica complementar para atender os consumidores”, afirma a Aneel.