CAC que matou ex-mulher a tiros é condenado a 44 anos de prisão no DF

O Tribunal do Júri obteve, nesta terça-feira (7/10), a condenação de Wesly Denny da Silva Melo, por matar a tiros a ex-companheira Tainara Kellen, próximo ao salão de beleza onde ela trabalhava, no Gama. A pena foi fixada em 44 anos, 5 meses e 12 dias de prisão em regime inicial fechado.

Os jurados acolheram todas as qualificadoras apontadas pela Promotoria de Justiça: motivo torpe; crime resultou em perigo comum; uso de recurso que dificultou a defesa da vítima; crime foi cometido na frente da filha da vítima, de apenas 6 anos; e o crime foi praticado contra mulher por razões da condição de sexo feminino em contexto de violência doméstica e familiar.

O promotor de justiça Daniel Bernoulli ressaltou que Tainara foi morta enquanto tentava se reerguer e recomeçar uma vida longe do agressor.

“Sua vontade era só seguir em frente e criar a filha com dignidade. Tal decisão custou sua vida e seus sonhos, arrebatados dos entes queridos de forma brutal e covarde. A punição do assassino é merecida, medida de Justiça. Mais uma vez, a comunidade do Gama deixa claro que será sempre rigorosa com aqueles que ousarem desrespeitar as mulheres dessa cidade”, avaliou.

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A vítima, Tainara Kelen, e o suspeito, Wesly Denny

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Wesly Denny é suspeito do feminicídio de Tainara Kellen

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Wesly foi preso em ação da PMDF com a PMGO

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Ela trabalhava no momento em que foi morta pelo ex-marido

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A mulher foi morta com seis disparos de arma de fogo

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Tainara Kellen, de 26 anos, foi vítima de feminicídio pelo ex-marido

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Relembre o caso

O crime ocorreu em 10 de janeiro de 2024, por volta de 14h, na Quadra 29, no Setor Leste do Gama. A vítima estava no salão de beleza onde trabalhava quando, com o propósito de atraí-la, Wesly enviou mensagens para ela por meio de um número de telefone desconhecido, passando-se por uma potencial cliente para agendar um atendimento.

Ainda fingindo ser uma cliente, Wesly enviou uma nova mensagem informando a ex-companheira que não estava encontrando o salão, fazendo com que ela saísse do estabelecimento para procurar a suposta cliente nas imediações.

No momento em que saiu do salão, a vítima foi surpreendida pelo ex-companheiro, que efetuou diversos disparos de arma de fogo contra ela e fugiu do local em seguida. Ele foi preso no dia seguinte ao crime, em Santa Maria.

Segundo testemunhas, Wesly era atirador e colecionador de armas. No período em que estava foragido, foi realizada busca na residência dele, onde foi localizada uma arma de fogo sem registro e documentos relacionados a outras armas, inclusive um fuzil.

Com o objetivo de localizar mais armas de fogo ilegais vinculadas a Wesly, em 8 de fevereiro de 2024, a Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri do Gama e a Polícia Civil deflagraram uma operação para o cumprimento de mandados de busca e apreensão em cinco endereços no Gama e em Santa Maria.

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