Censo do IBGE revela que mais de 160 mil brasileiros vivem em domicílios improvisados

Foto: Rovena Rosa|Agência Brasil

Foto: Rovena Rosa|Agência Brasil

Levantamento divulgado nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que 160.485 brasileiros moram em domicílios improvisados em todo o país. Desses, 56.600 pessoas vivem em barracas ou tendas, enquanto outras 1.875 residem em veículos, segundo o “Censo Demográfico 2022: Tipos de domicílios coletivos, improvisados, de uso ocasional e vagos”. Os dados foram coletados entre 1º de agosto de 2022 e 28 de maio de 2023, e validados até 1º de agosto de 2023.

O IBGE classifica como domicílio qualquer local separado e independente destinado à habitação de uma ou mais pessoas, divididos entre particulares ou coletivos. Um domicílio improvisado, segundo o instituto, é uma unidade não-residencial, como uma loja ou fábrica, ocupada por moradores.

São Paulo foi o estado com o maior número de moradores em domicílios improvisados, com exceção dos que vivem em veículos, que são mais numerosos no Amazonas. O levantamento aponta que São Paulo concentra 7.000 pessoas vivendo em “estruturas improvisadas em logradouro público” e outras 7.000 em “estruturas não-residenciais permanentes degradadas ou inacabadas”, o que representa, respectivamente, 46,5% e 40,3% do total nacional nessas categorias.

Centro-Oeste tem alta concentração de moradores em tendas

Embora seja a região menos populosa do Brasil, o Centro-Oeste registra uma alta concentração de pessoas vivendo em tendas ou barracas de lona, plástico ou tecido.

O estudo também revelou que, em todos os tipos de domicílios improvisados, há uma predominância masculina entre os moradores.

Os dados reforçam o debate sobre as condições de moradia no país e a necessidade de políticas públicas voltadas para habitação adequada, especialmente em áreas urbanas com alta concentração de moradores em situação precária.

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