A Comissão de Assuntos Sociais da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou, nesta quarta-feira (20/8), um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que concede a atriz e escritora Fernanda Torres título de cidadã honorária de Brasília. A proposta ainda será analisada pelo Plenário da Casa.
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De autoria do deputado distrital Rogério Morro da Cruz (PRD), o texto do projeto diz que a honraria é uma forma de reconhecer a contribuição da atriz para as artes cênicas, literatura e o cinema brasileiro.
“Com uma trajetória brilhante e diversificada, Fernanda Torres continua sendo uma artista inovadora e uma figura central na cultura brasileira, transitando com maestria entre diferentes formas de arte e inspirando gerações de criadores e intérpretes”, declarou o parlamentar.
Trajetória
Fernanda Torres estreou como atriz aos 13 anos e, aos 40, iniciou sua trajetória como escritora. No teatro, brilhou em diversas montagens, destacando-se no monólogo A Casa dos Budas Ditosos (2003), adaptação do romance de João Ubaldo Ribeiro.
No cinema, sua estreia ocorreu aos 16 anos, no filme Inocência (1981), de Walter Lima Jr.. Trabalhou com grandes diretores, como Walter Salles – participando dos filmes Terra Estrangeira (1994), O Primeiro Dia (1996) e Ainda Estou Aqui (2024); e Andrucha Waddington, com quem realizou Casa de Areia (2005).
Em 1986, tornou-se a primeira atriz brasileira a vencer o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes, por sua atuação no filme Eu Sei Que Vou Te Amar, de Arnaldo Jabor, alcançando reconhecimento internacional.
Na televisão, Fernanda Torres conquistou grande popularidade ao protagonizar séries icônicas, como Os Normais e Tapas & Beijos, ambas produzidas pela TV Globo.
Como apresentadora e roteirista, desenvolveu projetos inovadores, incluindo os programas Minha Estupidez e Bicho Homem, além do podcast A Playlist da Minha Vida, lançado na plataforma Deezer.
Além de seu talento como atriz, Fernanda Torres se destacou no campo da literatura. Em 2007, iniciou sua carreira como cronista, colaborando com jornais e revistas. Em 2014, lançou seu primeiro romance, “Fim”, que se tornou um fenômeno editorial, vendendo mais de 200 mil exemplares e sendo traduzido para sete países.
Em 2017, publicou seu segundo livro, “A Glória e Seu Cortejo de Horrores”, ambos pela Companhia das Letras. Demonstrando sua versatilidade, Fernanda também escreveu roteiros de cinema e televisão, além de adaptar “Fim” para uma minissérie de 10 episódios para a Globoplay
Vencedora do Globo de Ouro na categoria Melhor Atriz em Filme – Drama, tornou-se a primeira mulher latino-americana, lusófona e brasileira a vencer o prêmio, por sua atuação como Eunice Paiva no filme Ainda Estou Aqui (2024), dirigido por Walter Salles.