A Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF) anunciou o início da segunda fase do Projeto Sem-Fogo-DF, nessa terça-feira (22/7). A nova fase será executada pela Associação GigaCandanga, parceira do projeto, que disponibilizará uma rede inteligente de monitoramento que detecta focos de incêndio em tempo real.
Essa etapa contará com câmeras de alta precisão e algoritmos de Inteligência Artificial (IA) que serão instalados em três pontos estratégicos: Estação Ecológica Águas Emendadas, Jardim Botânico de Brasília e a Torre do Shopping JK.
As imagens captadas serão encaminhadas – quase de forma imediata – a centrais de processamento onde a IA poderá conseguir identificar os focos de fumaça e calor com precisão superior a 90%
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De acordo com a Sema-DF, esta velocidade da resposta dos incêndios será o diferencial, visto que métodos tradicionais dependem do acionamento de pessoas e de imagens satélites que podem demorar horas para processar as informações, enquanto a nova fase promete alertas imediatos.
A nova fase entra em vigor com a chegada da seca do Distrito Federal nos últimos dias. Ainda na tarde desta terça-feira, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) registrou 16 ocorrências de incêndio em vegetação em menos de 3 horas.
Veja imagens:
Cuidados durante a seca
O período da seca, além dos focos de incêndios florestais, traz impactos diretos na saúde respiratória da população.
A pneumologista Gilda Elizabeth, do Hospital Brasília Águas Claras, alerta para a oscilação térmica e o ar seco que podem aumentar a “produção de secreções, piora da rinite, da asma e uma maior suscetibilidade a infecções respiratórias”.
Para a proteção, a especialista recomenda cuidados como o reforço da hidratação ao longo do dia, realizar lavagem do nariz com soro fisiológico, usar umidificadores de ambientes, ou improvisar a umidificação com bacias de água e toalhas molhadas no ambiente.
Outro ponto que o clima seco prejudica também é a superfície ocular, em que os olhos ficam mais suscetíveis a irritações, inflamações e infeccções, muito por conta do lacrimejamento excessivo.
Para isso, o oftalmologista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (Ses-DF), Frederico Loss, orienta a utilização de lubrificantes oculares para redução dos possíveis sintomas.