A ex-presidente Dilma Rousseff confirmou neste domingo (23) sua reeleição para mais um mandato como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos Brics. Seu atual mandato termina em julho deste ano.
Dilma foi indicada para a recondução ao cargo pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin. O país, que teria o direito de nomear um novo presidente para a instituição financeira, optou por manter a ex-presidente brasileira no comando. Cada mandato do NDB tem duração de cinco anos.
A informação foi divulgada pela própria Dilma durante o Fórum de Desenvolvimento da China, realizado em Pequim. Segundo ela, a decisão foi aprovada por unanimidade pelo conselho do banco, embora a entidade ainda não tenha feito um anúncio formal.
Dilma Rousseff foi indicada originalmente para a presidência do NDB pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2023, assumindo o posto deixado por Marcos Troyjo, nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2020, quando o Brasil tinha o direito de indicar o dirigente da instituição.
Neste ano, a Rússia assumiria essa prerrogativa, mas Putin decidiu abrir mão da indicação, justificando sua escolha durante a Cúpula dos Brics, realizada em novembro de 2024 na cidade russa de Kazan. Ele destacou que o Brasil estará na presidência rotativa do bloco em 2025, o que reforçaria a continuidade da gestão no banco.
A permanência de Dilma no cargo foi celebrada por aliados. A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, elogiou a decisão nas redes sociais: “Parabéns, presidenta Dilma Rousseff, pela recondução à presidência do Novo Banco de Desenvolvimento. Sob sua direção, o Banco dos Brics vem cumprindo importante papel no desenvolvimento de nossos países”.
A recondução de Dilma fortalece a presença do Brasil no cenário financeiro global e assegura a continuidade das políticas do NDB, que tem como objetivo fomentar o desenvolvimento dos países-membros do bloco e reduzir a dependência de instituições ocidentais tradicionais.