“Gostaria de agradecer a cada bailarino, professor, coreógrafo e diretor que se empenhou para trazer seus alunos, os professores que ensaiaram tanto, os coreógrafos maravilhosos. Muito obrigada por fazer a dança crescer no meu país. É um país que só tem talentos. Estou sempre no exterior, como jurada ou dando curso, e estou impressionada com o nosso nível aqui. Muito obrigada e vamos fazer essa dança crescer cada dia mais”, complementou Gisela que, além de diretora artística do festival, é presidente do Conselho Brasileiro da Dança.Ganhadores
Ao todo, 2.257 bailarinos e 108 grupos de 24 estados brasileiros e de Trujillo, no Peru, participaram da mostra competitiva, que aconteceu de 05 a 08 de julho, no Centro Cultural Oscar Niemeyer. Eles competiram nas modalidades Clássico de Repertório, Clássico Livre, Dança Contemporânea, Jazz, Estilo Livre, Danças Urbanas, Sapateado e Danças Populares; nas categorias Infantil (07 a 09 anos), Júnior (10 a 12 anos), Juvenil (13 a 15 anos), Adulto (16 a 18 anos) e Avançado (a partir de 19 anos).
Neste ano, o festival ofereceu uma premiação em dinheiro totalizando R$ 50 mil, uma das melhores entre os eventos da área no Brasil, além de mais de 20 bolsas de estudos e residências artísticas em prestigiadas companhias do mundo e outros prêmios especiais. Os jurados escolheram, como o melhor grupo, a Ecco Cia de Dança, de São Paulo (SP), recebendo R$ 15 mil. “Pelo conjunto da obra, pelo nível dos bailarinos, da escola, dos professores”, justificou Gisela Vaz. Eles também foram eleitos pelo staff, por unanimidade, o grupo que mais se destacou pela organização e comprometimento no festival, levando ainda um prêmio extra de R$ 1,5 mil.
Neste ano, foi eleita como destaque do festival a coreografia Drumsticks, de Melissa Ricci, da Escola Livre de Dança – Secult, de Santos (SP), que levou uma premiação no valor de R$ 2 mil. Já a melhor coreógrafa foi Karyne Bittencourt, da Cia de Dança Bittencourt, de Uberlândia (MG), com a coreografia Transubstancial. Ela recebeu uma quantia de R$ 6 mil.
Com uma premiação no mesmo valor, o (a) bailarino (a) revelação, com idade máxima de 15 anos, foi Lisa Quevedo, da Ballet Etude Seasons, de Brasília (DF). Já o melhor bailarino e a melhor bailarina foram Matheus Barboza, da Cia Jovem Nina Canadari, de São Paulo (SP); e Jackeline Valente, do Studio de Dança Sabrina Coelho, de Santos (SP). Eles levaram uma premiação no valor de R$ 10 mil, cada. Jean Kesley foi o vencedor da batalha de Hip Hop e levou para casa R$ 1 mil.
Seletiva Valentina Kozlova
Durante o Festival Internacional de Dança Goiás 2023, também foi realizada uma seletiva para o Valentina Kozlova Ballet International Competition. Para isso, Ricardo Scheir veio de São Paulo exclusivamente para escolher as coreografias, entre variações de repertórios, duos, trios e conjuntos, que participarão da final em abril de 2024, em Nova Iorque.
Foram escolhidas as coreografias Transubstancial, da Cia de Dança Bittencourt, de Uberlândia (MG); Laços, da Ecco Cia. de Dança, de São Paulo (SP); e Et La Haine, do Grupo Jovem Cadência Jolles Salles, de São Paulo (SP); e os solistas Jackeline Valente, Vinicius Ferreira, Beatriz Handan, Thatyanna Oliveira, Lisa Quevedo, Raphael Santos e Luisa Costa.
“É um festival, é um concurso, onde tem em média 14 a 16 jurados e lá eles distribuem bolsas e contratos. Esse ano tivemos três contratos para brasileiros e 22 bolsas de estudos. Então é um concurso muito relevante e eu espero que todos vocês possam tentar e participar. Será um prazer recebê-los lá”, destacou Scheir.
Festival Internacional de Dança Goiás 2023
Esta foi a 8ª edição do Festival Internacional de Dança Goiás, que acontece desde 2012 e também se destaca pelo intercâmbio que proporciona entre os bailarinos e profissionais das principais escolas do mundo. Inclusive, ao longo de suas edições, o evento revelou bailarinos que ocupam espaços importantes hoje.
Nesta edição, a Gala de Abertura ficou por conta da Curitiba Cia. de Dança, que apresentou o espetáculo de dança contemporânea Memória de Brinquedo. Além das competições, a programação também foi marcada por mostra não competitiva avaliada, batalhas de hip hop, feira com artigos de dança e 13 workshops e masterclass com professores que atuam em Nova Iorque, Toronto, Santiago, Milão, Filadélfia e diferentes partes do Brasil.
Bradley Shelver, diretor do Joffrey Ballet School de Nova Iorque; Andreza Randisek, Primeira Bailarina do Ballet de Santiago/Chile; Roberto Altamura, da Milano City Ballet; Telmo Moreira, da Rock School for Dance Education da Filadélfia; e Nijawwon Matthews, da Broadway Dance Center e da Joffrey Ballet School de Nova Iorque estiveram entre os profissionais da dança de renome internacional que integraram o júri e o corpo de professores.
Também participam desta edição os brasileiros Tindaro Silvano, Rafael Gomes, Erick Gutierrez, Mateus dos Anjos, Hyorrana Lopes e Mônica Proença, que atualmente é bailarina no Canadá. Neste ano, além do apoio institucional do Governo do Estado de Goiás, por meio da Lei Goyazes, o Festival Internacional de Dança Goiás contou com apoio do Centro Cultural Oscar Niemeyer, da Pitigliano Pizzaria e do Conselho Brasileiro de Dança; e patrocínio da Piracanjuba.