O golpista investigado por esvaziar a conta bancária de uma viúva de 45 anos convenceu a vítima de que sofria risco de morte. A primeira ação do Don Juan envolveu uma suposta dívida de R$ 130 mil que ele teria contraído com um agiota no Distrito Federal.
O estelionatário comentava que as chances de “nunca mais voltar” eram grandes. Chegou a ficar dias sumido ou sem fazer contato. Quando aparecia, costumava estar com as roupas sujas e justificava que estava na companhia do grupo armado do suposto agiota.
A mentira elaborada fez com que a vítima acreditasse que a vida do namorado estava em jogo, o que a fez realizar diversas transferências via Pix que totalizaram mais de R$ 26 mil.
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Após receber os valores, o Don Juan intensificou os relatos sobre as falsas ameaças que sofria, alegando que a dívida com o agiota já havia ultrapassado R$ 300 mil.
Diante da crescente pressão emocional, a mulher decidiu vender sua casa em Vicente Pires, avaliada em R$ 1,5 milhão. O golpista ainda orientou a vítima no sentido de que todas as negociações dos bens fossem feitas por meio dele.
O imóvel foi vendido após uma proposta que continha R$ 10 mil em espécie, uma chácara, três apartamentos, dois automóveis e uma lancha.
O criminoso, sem a autorização da vítima, negociou a lancha, revendeu um dos automóveis – avaliado em aproximadamente R$ 50 mil – e ficou com o outro carro: um Volvo S60 T5 – veículo que pode ultrapassar o valor de R$ 200 mil.
Após tomar conhecimento da negociação realizada, a mulher resolveu registrar a ocorrência policial e solicitou medidas protetivas de urgências.
