A Justiça do Distrito Federal condenou Dogival Gomes da Silva Júnior e Ane Karoline Teixeira da Silva a 37 e 49 anos de prisão, respectivamente, pela participação no assassinato de João Victor Santos (foto abaixo), morto aos 21 anos, e por outras três tentativas de homicídio, no Condomínio Pinheiro, no Sol Nascente.
João Victor morreu com ao menos dois tiros na cabeça
Em 11 de outubro de 2023, Marcos Antônio Teixeira da Silva, irmão de Ane, e um terceiro envolvido, ainda não identificado pela Justiça, foram à casa de João Victor, onde ele comemorava o aniversário de 21 anos com a família, e atiraram diversas vezes. Ao menos dois disparos acertaram a cabeça da vítima.
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João Victor chegou a ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia, mas não resistiu. Os disparos atingiram mais três pessoas: a companheira dele, uma irmã da vítima e um amigo, que sobreviveram ao ataque.
Dogival e Ane rondaram a região no momento do crime e deram cobertura aos executores, com ajuda para a fuga dos criminosos. Marcos Antônio teria escapado imediatamente do local após o assassinato e, até a mais recente atualização desta reportagem, não havia sido encontrado pela polícia.
Ele foi denunciado pela Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Ceilândia e tem um mandado de prisão em aberto, expedido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).
Motivo fútil
As investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) revelaram que Ane e João Victor teriam se desentendido em uma distribuidora dias antes do crime e que ela chegou a apontar uma arma de fogo contra o jovem, para ameaçá-lo.
Após saber do desentendimento, Marcos Antônio teria dito que “aquilo não ficaria assim”. O Tribunal do Júri de Ceilândia acatou as denúncias apresentadas pela Promotoria de Justiça e considerou que o crime foi cometido por motivo fútil e com uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas.