Até 2054, o transporte público do Distrito Federal e Entorno pode passar a contemplar 640,3 mil pessoas a mais do que atende hoje, gerando um salto de 207% no número de cidadãos beneficiados. É o que indica estudo realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Ministério das Cidades, publicado nesta terça-feira (15/7).
Atualmente, o metrô do DF tem 47 quilômetros de extensão, enquanto o BRT tem 54 km. O estudo indica que, até 2054, o BRT pode se expandir até para km, e o metrô, 50 km. Assim, a chamada Região Integrada de Desenvolvimento (Ride) do DF teria 949,2 mil pessoas diretamente servidas pelo transporte público — hoje, são 308,9 mil cidadãos assistidos.
Para isso, a Ride do DF, que engloba as regiões administrativas do DF e 33 municípios de Goiás e Minas Gerais próximos à capital federal, passaria a ter 396 km de rede de transporte público coletivo de média e alta capacidade até 2054, 292% a mais do que os 101 km atuais.
As projeções constam no Boletim Informativo nº 4 do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU). “Estamos fortalecendo o planejamento urbano com base em dados concretos, que nos permitem identificar prioridades e orientar ações de médio e longo prazo”, afirmou, nesta terça-feira, o ministro das Cidades, Jader Filho.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que, em 2024, a instituição aprovou financiamento de R$ 400 milhões para obras de expansão da Linha 1 do metrô, o que permitirá a criação de duas novas estações em Samambaia. “Esse investimento contribui para o aumento da produtividade e para a dinamização da economia nas grandes cidades”, afirmou Mercadante.
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Outro indicador que seria impactado é o RTR (Rapid Transit to Resident), que compara a população urbana de cidades com mais de 500 mil habitantes com a extensão das linhas de média e alta capacidade. Na Ride-DF, caso as mudanças sejam implementadas, o RTR subiria para 70, disparando em relação a capitais como Londres (44,7) e Nova Iorque (47,7).