A exoneração de Wilson César de Lira Santos do cargo de Superintendente Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) em Alagoas ganha ainda mais relevância diante das graves acusações de corrupção que envolvem seu nome.
Wilson César, agora ex-superintendente do INCRA em Alagoas, está enfrentando acusações de desvio de diárias de viagens não realizadas, destinadas a funcionários terceirizados, durante o ano de 2023, em uma ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF). Essa alegação lança uma sombra sobre sua gestão no órgão e adiciona uma nova camada de controvérsia à sua exoneração.
As investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) revelaram um esquema elaborado de corrupção, no qual um superintendente da instituição pressionou pela demissão de oito funcionários da empresa Mega Service para substituí-los por seus próprios indicados. O cerne desse esquema era desviar diárias pagas pelo governo federal, conforme descoberto pelas investigações da PF.
Um exemplo emblemático desse esquema é o caso de Cristiano Dorta, um dos funcionários envolvidos. Dorta estava recebendo diárias para supostas viagens a Branquinha e Japaratinga, mas investigações mostraram que ele estava, na verdade, em outros locais, como Boa Viagem e Maceió. Além disso, houve relatos de consumo de álcool durante o horário de trabalho por Dorta, enquanto ele lucrava, em média, R$ 2.900 extras por mês em diárias fraudulentas.
Essas revelações não apenas questionam a conduta individual de Wilson César, mas também levantam sérias preocupações sobre a integridade e a transparência na gestão dos recursos públicos, especialmente em instituições encarregadas de questões tão importantes quanto a reforma agrária e o desenvolvimento rural.
Portanto, a exoneração de Wilson César Lira Santos do cargo de Superintendente Regional do INCRA em Alagoas assume um novo e preocupante significado à luz das acusações de corrupção que pairam sobre ele. Este episódio enfatiza a necessidade contínua de vigilância e responsabilização para garantir a integridade e a eficácia das políticas governamentais.