Uma confusão por conta do uso de uma chácara no Núcleo Rural Ponte Alta, no Gama, acabou com uma mulher agredida e um jovem de 23 anos com o nariz quebrado. A briga generalizada aconteceu na noite do último sábado (9/8) e envolve o ex-administrador do Gama Márcio Palhares, a ex-esposa dele, o filho do ex-casal e a sobrinha da mulher.
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A casa em questão pertence à mãe de Guilherme Patrício Palhares – também filho do ex-administrador da RA –, mas estava alugada para a sobrinha dela. O embate começou quando o rapaz chegou ao local com um grupo de amigos, reivindicando o uso do espaço, que já estava ocupado pela prima.
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Guilherme Patrício Palhares, de 25 anos, é acusado de agressão por um dos convidados de sua prima
Reprodução/Instagram
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Material cedido ao Metrópoles
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Márcio Palhares junto ao ex-governador Agnelo Queiroz
Divulgação/Agência Brasília
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Márcio Palhares foi administrador por mais de quatro anos
Divulgação/Agência Brasília
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O impasse teria causado uma discussão, e o ex-casal precisou se dirigir ao local para acalmar os ânimos. Durante a discordância, a mulher alega ter sido ofendida moralmente frente de todos que estavam presentes.
“Eu estou muito feliz hoje porque eu não estou com você! Você é louca, você é doida, você precisa de um tratamento, você precisa de um psiquiatra. Os seus filhos não são felizes e eles só serão felizes quando te largarem. Seus filhos não te suportam. Tá vendo essa mulher? Você ficaria com ela? Ela é uma recalcada!”, teria dito o ex-administrador, segundo a ex.
Após Palhares proferir as palavras em tom de ameaça, a mulher diz que saiu para fazer uma ligação e nesse momento, o filho teria tomado o telefone de sua mão, enquanto Márcio a empurrou, a puxou pelos cabelos e desferiu dois socos contra a cabeça dela.
Pouco depois, Guilherme agrediu um convidado da prima com um soco no rosto, e quebrou o nariz do jovem de 23 anos. Segundo a vítima, ele estava recolhendo os pertences para sair do local, quando o filho do ex-administrador teria desligado sua caixa de som. Naquele momento, a vítima alega que pediu licença para pegar suas coisas, mas teria sido atacado por Guilherme. “A única coisa que eu falei com aquele cidadão foi ‘licença’. Eu não o conhecia e nem tinha nada a ver com a confusão”, afirmou a vítima.
Pai e filho deixaram o local em seguida. Após a confusão, o jovem agredido começou a sentir dores no nariz, que sangrou por um longo período, e foi levado ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), onde foi constatada a fratura. Logo depois, registrou boletim de ocorrência na 14ª Delegacia de Polícia (Gama) por violência física.
Veja as imagens do local após a denúncia da agressão:
No depoimento na delegacia, a mãe de Guilherme garantiu que o caseiro do local teria presenciado as agressões. Sobre as câmeras de segurança na chácara, alegou que o equipamento não estaria funcionando naquele momento. A mulher requereu medida protetiva de urgência contra Márcio Palhares e também passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
O caso é investigado pela 14ª DP pelos possíveis crimes de injúria, lesão corporal e violência doméstica, todos enquadrados na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06).
Guilherme foi procurado pelo Metrópoles e negou que tenha agredido qualquer pessoa na situação. A defesa do ex-administrador do Gama, Márcio Palhares, ainda não foi localizada.