Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e do College London, do Reino Unido, mostra que a gordura na barriga combinada com a fraqueza muscular potencializam o risco de morte por doença cardíaca em pessoas com mais de 50 anos.
“A fraqueza muscular em si aumenta em 62% o risco de morte por doença cardiovascular. No entanto, quando analisamos os dois fatores juntos – obesidade abdominal e fraqueza muscular – observamos que o risco de morte por doença cardiovascular aumenta para 85%. Curiosamente, as pessoas analisadas que tinham apenas gordura abdominal não apresentaram um aumento significativo no risco de morte cardiovascular”, conta Tiago da Silva Alexandre, professor do Departamento de Gerontologia da UFSCar e um dos autores do estudo.
A pesquisa foi baseada em dados de 7.030 participantes do English Longitudinal Study of Ageing (Estudo ELSA), um inquérito de saúde que detalha informações sobre saúde, hábitos e condições de vida de moradores do Reino Unido com mais de 50 anos.
O trabalho foi publicado na revista Age and Ageing em janeiro deste ano e estabeleceu como excesso de gordura na barriga, cintura maior que 102 centímetros para homens e maior que 88 centímetros para mulheres. Já a fraqueza muscular foi medida usando como referência a força da mão – menor que 26 quilos para homens e menor que 16 quilos para mulheres.
Um trabalho anterior que combinou dados do ELSA com informações do Estudo SABE (Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento), realizado em São Paulo, já havia demonstrado que o excesso de gordura na barriga combinado com a fraqueza muscular – condição que é tecnicamente chamado de obesidade diapênica – aumentava em 37% o risco de morte prematura.
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Com o passar do tempo, o corpo entra em processo natural de envelhecimento e conseguir massa muscular pode ser um pouco mais complicado. No entanto, não é impossível. Quando combinado com bons hábitos alimentares e físicos, é possível conseguir massa magra Oleg Breslavtsev/ Getty Images
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Uma das principais dicas para conseguir massa muscular é ter equilíbrio energético, praticar musculação e se alimentar da forma correta EXTREME-PHOTOGRAPHER/ Getty Images
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Ter uma boa rotina de sono também é imprescindível, pois noites bem-dormidas favorecem o processo metabólico e promovem a recuperação do corpo após os exercícios físicos Flashpop/ Getty Images
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Para obter bons resultados, outra dica é contratar o acompanhamento de um personal trainer, pois ter a supervisão de um profissional capacitado para auxiliar no que de fato você precisa, dentro das limitações de seu corpo, é o segredo para alcançar êxito Thomas Barwick/ Getty Images
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As atividades físicas promovem um aumento da capacidade cardiorrespiratória e no bem-estar geral. Além disso, ajudam a evitar câncer e diabetes. Para quem tem mais de 50 anos e deseja conseguir massa muscular, o crossfit é uma ótima opção The Good Brigade/ Getty Images
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Depois dos 40 anos, o corpo diminui a produção de hormônios, do tônus muscular e aumenta o acúmulo de gordura. Por isso, pessoas com idades mais avançadas apresentam mais dificuldades para começar a realizar atividades físicas, principalmente se têm histórico de sedentarismo no passado Jose Luis Pelaez Inc/ Getty Images
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Apesar disso, uma rotina saudável é capaz de gerar um círculo virtuoso, no qual os níveis de hormônio melhoraram, o corpo ganha massa magra e o indivíduo fica mais disposto Halfpoint Images/ Getty Images
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O consumo de proteínas também ajuda no ganho de massa muscular. No entanto, para conseguir alcançar o seu objetivo é necessário realizar o ajuste desse alimento consumido ao longo do dia Jupiterimages/ Getty Images
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A ingestão de água também é extremamente importante para quem quer tonificar o corpo. Além de todos os benefícios que o líquido possui, as fibras musculares são compostas de 75% a 85% de água Guido Mieth/ Getty Images
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Inflamação crônica
De acordo com os pesquisadores, a obesidade mantém o sistema imunológico constantemente em alerta, ativando células de defesa. O resultado é uma inflamação crônica, que provoca resistência à insulina, inibição da síntese proteica e aumento do catabolismo muscular – quando o corpo usa a energia das fibras musculares para manter o funcionamento.
Já a fraqueza muscular prejudica o funcionamento das mitocôndrias, organelas responsáveis por fornecer energia para as células, aumentando o estresse oxidativo do corpo e prejudicando a circulação sanguínea.
“Todos esses fatores prejudicam o metabolismo e aumentam o risco de incidência de doenças cardiovasculares e, por consequência, o risco de morte por essas doenças”, afirma a pesquisadora e também autora do artigo Paula Camila Ramírez, em entrevista à Agência Fapesp. (Com informações da Agência Fapesp)
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