Frio, empresário cita roupa na morte de gari: “Usava calça da Diesel”

O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, 47 anos (foto em destaque) foi frio e calculista ao falar do assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes.

Ao descrever o que tinha feito no dia do crime, Renê detalhou ao juiz Leonardo Damasceno: “Cheguei da academia 14h10, deve estar nas câmeras da academia. Adentrando a academia no elevador, no outro elevador estavam os policiais com a advogada da empresa, acredito que a empresa que o rapaz que teve a infelicidade de falecer”.

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O empresário continuou que a advogada apontou para ele e o identificou: “É aquele rapaz ali, de bermuda azul e camiseta branca. Mas não estou com a mesma roupa de mais cedo — pela manhã, eu estava usando uma calça social preta da Diesel e uma camisa polo marrom.”

Veja o vídeo: 

Após ouvir Renê depois que toda repercussão do crime, o magistrado que determinou a prisão preventiva do empresário classificou personalidade  dele como “violenta” e “desequilibrada”.

Ao iniciar a audiência, o magistrado afirmou que as vítimas, especialmente Laudemir de Souza, estavam lá trabalhando. “Trabalhadores, garis, prestando um serviço público essencial para toda a sociedade de Belo Horizonte. Aí, chega um cidadão, a princípio armado, motivado por uma briga de trânsito, querendo passar pela localidade de forma desequilibrada e violenta”.

O juiz destacou o comportamento perturbador do acusado que, após atirar e matar Laudemir, aos 44 anos, se sentiu à vontade para ir a uma academia, treinar.

“Ao que tudo indica, ele foi para a academia… Quer dizer, comete um crime grave e, em seguida, vai treinar numa academia? Essa situação exige uma apuração profunda da personalidade do agente”, afirmou o juiz Damasceno, visivelmente impressionado com a frieza do réu.

Assista:

Detalhes da audiência de custódia:

Imagens: 

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Renê da Silva Nogueira Junior, de 47 anos

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Laudemir de Souza Fernandes

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Foto de Renê preso

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Momento em que Renê é preso na academia

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Foto do empresário em um evento

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Foto do empresário nas redes sociais

Reprodução / Redes sociais

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) detalhou que Renê continuará preso até o desfecho da investigação.

 

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