O general Paulo Chagas usou as redes sociais nesta quinta-feira (31/7) para falar sobre as sanções que os Estados Unidos da América (EUA) impuseram ao Brasil esta semana. Segundo o militar da reserva, que já foi candidato ao Governo do Distrito Federal em 2022, a sanção colocada sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes é uma “vergonha global”.
“Se hoje o Brasil passa a vergonha global de ter um juiz de sua Suprema Corte colocado ao lado de gente como o ditador da Belarus e os responsáveis pelo assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, é graças a uma outra vergonha, ainda maior: a omissão, quando não o aplauso, de todos os que poderiam ter freado os ímpetos autoritários de Moraes e não o fizeram”, escreveu.
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O governo de Donald Trump aplicou, na quarta-feira (30/7), a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes. O nome do magistrado passou a constar no sistema do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, que administra e aplica programas de sanções, e também no site do Departamento de Tesouro. A lei é usada para punir estrangeiros.
Na prática, as sanções da Lei Magnitsky afetam os sancionados principalmente por meios econômicos, como o congelamento de bens e contas bancárias em solo ou instituições norte-americanas.
Chagas ainda disse que “não é uma cavalaria em branco, azul e vermelho que salvará o Brasil e devolverá a democracia ao país”.
Tarifaço
Apesar das sanções a Moraes, Trump cedeu ao campo econômico, ao aplicar ao Brasil um tarifaço mais enxuto do que o inicialmente anunciado. A taxa de 50% se manteve, mas a lista de itens teve significativa redução.
Ainda que o recuo seja parcial e vá causar impactos na economia, a decisão deve “poupar” 43,4% das exportações brasileiras, segundo dados da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham).
Entre os principais itens que ficaram fora do tarifaço, estão o suco de laranja, a madeira, a celulosa, os fertilizantes, os combustíveis, o aço, os minérios de ferro, as castanhas, entre outros. Ao todo, foram 694 exceções.