Juiz do DF decide sobre Bruno Henrique vestir camisa do Flamengo estampando bet

O juiz Fernando Brandini Barbagalo, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), entendeu que o atacante do Flamengo, Bruno Henrique, poderá usar a camisa do time com a logo da casa de apostas que patrocina o rubro-negro, além de manter relações econômicas ou financeiras com as apostas esportivas. Em denúncia encaminhada à Justiça, o Ministério Público do DF (MPDFT) havia requerido que o jogador fosse proibido de apostar e divulgar casas de apostas do ramo. As medidas, porém, foram negadas pelo magistrado.

Por outro lado, Bruno Henrique se tornou réu, nessa sexta-feira (25/7), por suposta manipulação de resultado para favorecer apostadores.

O MPDFT pedia que o jogador suspendesse toda atividade econômica ou financeira relacionada às apostas esportivas, incluindo a proibição de firmar contratos de patrocínio e de publicidade pessoal com qualquer casa de apostas ou mesmo a suspensão de contratos dessa natureza caso vigentes; ficasse proibido de criar contas em plataformas de quaisquer das casas autorizadas a funcionar no Brasil; e de efetivar apostas, ainda que por interpostas pessoas, em qualquer evento esportivo.

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O magistrado chamou as medidas de genéricas e fez uma ressalva. “Recordo que o denunciado Bruno Henrique é atleta da equipe de futebol profissional do Flamengo que, por sua vez, possui contrato de patrocínio com plataforma de aposta on-line que estampa publicidade no uniforme do clube. Ao se deferir a medida requerida, estar-se-ia, indiretamente, inviabilizando sua atividade profissional no clube”.

Entenda acusação

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Bruno Henrique

Rebeca Schumacker/Sports Press Photo/Getty Images2 de 6

Bruno Henrique, do Flamengo.

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Jogador Bruno Henrique durante jogo

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Bruno Henrique comemora com colegas

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Bruno Henrique joga no Flamengo desde 2019

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Atacante do Flamengo Bruno Henrique

Igo Estrela/Metrópoles @igoestrela

Réu

A 7ª Vara Criminal de Brasília aceitou a denúncia do MPDFT e tornou réu o atacante Bruno Henrique por manipulação de resultado, após ele ter recebido um cartão amarelo para favorecer apostadores, em uma partida válida pelo Campeonato Brasileiro de 2023.

Com isso, o atleta e o irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, passam a responder criminalmente pelos crimes de manipulação de resultado esportivo. A pena varia entre dois e seis anos de prisão, além de multa.

A Justiça acolheu a denúncia apenas contra Bruno Henrique e seu irmão, rejeitando a denúncia contra os demais investigados.

“Presentes os requisitos legais, recebo a denúncia em relação a Bruno Henrique Pinto e Wander Nunes Pinto Junior para serem processados pelo crime previsto no art. 200 da Lei nº 14.597/2023 – Lei Geral do Esporte”, escreveu o juiz Fernando Brandini Barbagalo.

De acordo com promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Bruno Henrique foi incentivado pelo irmão, Wander Pinto, a forçar o cartão amarelo na partida entre Flamengo e Santos.

Os promotores salientam que o atacante agiu com consciência e foi instigado pelo próprio irmão a cometer uma falta e receber um cartão amarelo no confronto.

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