O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou nesta sexta-feira (11) sua defesa por uma maior ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), superando o limite de R$ 5 mil prometido durante sua campanha presidencial. Para Lula, essa medida vai além de uma promessa política, representando um “compromisso de justiça”.
Durante entrevista à Rádio O Povo, em Fortaleza, o presidente destacou a desigualdade tributária no Brasil, afirmando que a atual estrutura penaliza os trabalhadores de classe média e baixa, enquanto grandes acionistas e investidores não são igualmente taxados. “Você não pode fazer com que as pessoas que ganham R$ 5 mil paguem imposto de renda, enquanto quem tem ações da Petrobras e recebe R$ 45 bilhões de dividendos não pague imposto de renda”, argumentou.
Lula defendeu que a solução para equilibrar o sistema tributário está na taxação dos super ricos, o que permitiria um alívio fiscal para os trabalhadores assalariados. Ele reforçou que o atual sistema faz com que os trabalhadores paguem proporcionalmente mais impostos que as pessoas com grande patrimônio e altos rendimentos, intensificando a desigualdade.
Apesar de reconhecer a complexidade do tema, o presidente enfatizou a importância de um debate transparente e aberto ao público sobre quem paga impostos no Brasil e em que proporção. “As pessoas têm de saber quem paga o que, e quanto se paga em impostos”, afirmou Lula, defendendo um sistema mais justo e progressivo.
Essa discussão integra o plano de governo para uma reforma tributária mais ampla, que visa promover maior equidade e justiça fiscal no país.