Mais de 19 mil pacientes aguardam na fila para um exame de endoscopia digestiva alta na rede pública do Distrito Federal, segundo dados de maio de 2025. Por isso, a 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus) ajuizou, nessa terça-feira (26/8), ação civil pública para o GDF regularizar o acesso de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS),
Segundo o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), a ação judicial pede a qualificação da demanda reprimida, informando o número de pacientes em cada classificação de risco (vermelho, amarelo, verde e azul). Também solicita a apresentação de um estudo sobre a capacidade instalada em cada hospital para o exame.
Se a Justiça acolher o pedido, o DF deverá elaborar e apresentar, em 60 dias, um novo plano de ação com metas e indicadores para reduzir a fila. As medidas deverão ser efetuadas em até 180 dias, com prioridade para os casos de urgência e emergência.
A Prosus solicita, aindam a manutenção de oferta de exames superior às novas demandas, a fim de garantir a realização dos procedimentos no prazo máximo de 100 dias.
Sucateamento
Os relatórios do MP apontaram também problemas como déficit de recursos humanos, em especial de técnicos em enfermagem; quantidade insuficiente de equipamentos (endoscópios); falhas na manutenção de máquinas reprocessadoras, essenciais para a limpeza e desinfecção dos aparelhos; e, em alguns casos, instalações físicas inadequadas.
As vistorias ainda identificaram alto índice de ausência dos pacientes aos exames agendados, atribuído a falhas na comunicação entre a SES e os usuários. No Hospital Regional de Taguatinga (HRT), a espera pelo exame pode chegar a três anos, uma vez que os agendamentos de 2022 estão sendo realizados atualmente.
Outro lado
O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Saúde. O espaço segue aberto.