Mercado financeiro melhora projeções para inflação e PIB em 2024, segundo Boletim Focus

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

As expectativas do mercado financeiro para a inflação em 2024 se tornaram mais otimistas em relação à semana passada. O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (25) pelo Banco Central, aponta que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, deve encerrar o ano em 4,63%. Na semana anterior, a previsão era de 4,64%, enquanto há quatro semanas estava em 4,55%.

Para os próximos anos, o boletim projeta um IPCA de 4,34% em 2025 e 3,78% em 2026. Apesar da leve melhora, a estimativa para 2024 ainda está acima do teto da meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual (entre 1,5% e 4,5%).

A partir de 2025, entra em vigor o sistema de meta contínua, com um centro fixado em 3% e a mesma margem de tolerância. Esse modelo elimina a necessidade de definir metas anuais, proporcionando maior flexibilidade ao Banco Central.

Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza como principal ferramenta a taxa Selic, atualmente em 11,25%. O Boletim Focus mantém há oito semanas a previsão de que a taxa básica de juros termine o ano em 11,75%.

Fatores como a alta recente do dólar e o cenário internacional de pressão inflacionária influenciam as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom). O mercado também projeta uma tendência de valorização da moeda norte-americana, estimando que o dólar termine 2024 cotado a R$ 5,70, contra uma previsão de R$ 5,60 feita na semana passada. Para 2025 e 2026, as projeções indicam cotações de R$ 5,55 e R$ 5,50, respectivamente.

As expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 também melhoraram. O Boletim Focus agora prevê uma alta de 3,17%, acima dos 3,10% estimados na semana passada. Há um mês, a projeção era de 3,08%.

Para os anos seguintes, o mercado espera uma expansão econômica mais moderada, com crescimento de 1,95% em 2025 e 2% em 2026.

Essas revisões reforçam um cenário de cauteloso otimismo, impulsionado por ajustes no panorama inflacionário e perspectivas de crescimento econômico mais robusto no curto prazo, apesar dos desafios cambiais e fiscais.

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