Policiais da 17ª Delegacia Regional da Polícia Civil de Goiás efetuaram, nessa quinta-feira (24/7), uma operação contra uma organização criminosa especializada em aplicar o golpe do falso intermediário. Uma das vítimas, moradora de Águas Lindas (GO), amargou um prejuízo de R$ 20 mil ao tentar comprar um carro anunciado na internet.
O golpe consiste em uma prática na qual o estelionatário simula a mediação entre comprador e vendedor de itens em plataformas on-line. Após conquistar a confiança das vítimas, o golpista recebe o valor do bem e desaparece.
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Os policiais cumpriram 11 ordens judiciais na ocasião: um mandado de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão, nas cidades mato-grossenses de Rondonópolis, Várzea Grande e Cuiabá.
A vítima moradora do Entorno do Distrito Federal pretendia comprar uma Mercedes-Benz 311, anunciada no Facebook por R$ 38 mil. Induzida a erro, ela efetuou um pagamento de R$ 20 mil como entrada ao falso vendedor.
Ela fez a negociação com um homem que se identificava como genro do dono do veículo, e o golpista usou um número de telefone com DDD do Distrito Federal para manter contato com a vítima.
Após efetuar o pagamento, a compradora até recebeu o veículo do vendedor. Porém, no dia seguinte, ele entrou em contato com ela para dizer que não recebeu o dinheiro.
Dinheiro pulverizado
Quando entrou em contato com o dono da Mercedes-Benz, o golpista se apresentou como dono de uma agência de carros. Durante a negociação, o estelionatário comentou que conhecia uma pessoa interessada no carro – a moradora de Águas Lindas.
Por acreditar no acordo firmado, o vendedor entregou o carro à compradora. Porém, após os dois constatarem que haviam caído em um golpe, a Mercedes-Benz foi devolvida ao vendedor.
Depois de receber a denúncia do caso, a Polícia Civil conseguiu identificar o suspeito que manteve contato com as vítimas. Os outros integrantes da quadrilha ficavam responsáveis por movimentar e pulverizar os valores obtidos com os golpes.
O golpista preso nessa quinta-feira (24/7) acumula antecedentes por crimes de estelionato, roubo e organização criminosa cometidos anteriormente.
Diante das provas e do uso dos chips falsos, a Justiça de Goiás atendeu ao pedido da PCGO e decretou a prisão preventiva dele. Se condenados pelo crime de estelionato qualificado, os investigados podem receber pena de até oito anos de prisão.