Jogar óleo de cozinha na pia ou no lixo comum pode parecer inofensivo, mas representa um risco ambiental sério. Um único litro descartado de forma errada tem potencial para contaminar até 25 mil litros de água. Para evitar esse impacto, o Distrito Federal conta com nove pontos de entrega voluntária (PEVs) espalhados por Ceilândia, Planaltina, Guará, Taguatinga, Gama, Asa Sul e Santa Maria.
A estrutura foi montada por meio de parceria entre o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e a Caesb, responsável pela coleta, armazenamento e destinação correta do resíduo. O óleo usado é reaproveitado na fabricação de sabão, glicerina, biodiesel e outros produtos industriais.
Podem ser descartados óleos de cozinha (soja, milho, girassol), azeite, gordura animal líquida e até óleo mineral. Para isso, o ideal é esperar o produto esfriar, filtrá-lo e colocá-lo em garrafas PET ou outros recipientes com tampa.
“Quando a população faz sua parte, conseguimos evitar entupimentos, transbordamentos e outros prejuízos à rede de esgoto”, explica Glênio Luz, superintendente da Caesb.
Nunca no ralo
A recomendação das autoridades é clara: jamais descarte o óleo diretamente no ralo, no vaso sanitário ou no solo. Além de danificar a rede pública de esgoto, a prática contamina o meio ambiente e pode comprometer a saúde humana, com a liberação de gases tóxicos.
“O descarte consciente reduz a poluição, fortalece a economia circular e contribui para a preservação dos recursos naturais”, reforça Marco Antônio Amorim, subsecretário da Sema-DF.
O secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, também destaca a importância da atitude: “Pequenas ações fazem diferença. A reciclagem de óleo é uma forma simples e eficaz de proteger nosso ecossistema.”
