Pacheco afirma que Congresso está comprometido com corte de gastos públicos em meio a discussões sobre nova PEC

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reafirmou nesta quarta-feira (13) o comprometimento do Congresso Nacional em debater medidas de controle de gastos públicos. A declaração ocorre em meio aos esforços do governo para finalizar um pacote de corte de despesas, que visa equilibrar as contas do país.

Em declaração, Pacheco defendeu a necessidade de ajustes que eliminem privilégios e desperdícios. “Considero absolutamente legítimo defender cortes de gastos que se constituam privilégios, desperdícios, sobreposição de funções, de modo que estamos absolutamente imbuídos desse propósito”, afirmou o presidente do Senado.

A fala de Pacheco aconteceu logo após um encontro fora da agenda oficial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, realizado no Palácio do Planalto. No encontro, além de Pacheco, participaram o líder interino do governo no Senado, Otto Alencar (PSD-BA), e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), cotado para suceder Pacheco na presidência do Senado no próximo ano.

A reunião com Lula e líderes do Congresso reflete o esforço do governo em construir um consenso em torno da nova Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de corte de gastos. A proposta visa não apenas otimizar o uso dos recursos públicos, mas também estabelecer um compromisso fiscal que será essencial para equilibrar as contas do país.

A proposta em discussão será formalizada como uma PEC, o que exigirá um amplo apoio no Congresso para aprovação. Por isso, o presidente Lula intensificou o diálogo com as lideranças das Casas Legislativas. Além de Pacheco, o presidente planeja reunir-se com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, para garantir que a proposta seja bem-recebida tanto no Senado quanto na Câmara.

Nas últimas semanas, a equipe econômica de Lula vem trabalhando na elaboração do texto da PEC, que deve focar na eliminação de gastos desnecessários e em cortes estratégicos, sem comprometer investimentos essenciais. Segundo fontes próximas ao Planalto, o projeto deve incluir medidas que reforcem a responsabilidade fiscal, equilibrando a preservação de serviços públicos com o enxugamento de custos.

A busca por um acordo em torno do corte de gastos reflete as expectativas e os desafios de um governo que precisa consolidar sua base de apoio para avançar com projetos fiscais mais robustos. Embora haja consenso em torno da necessidade de equilíbrio fiscal, setores do Congresso podem oferecer resistência caso vejam que os cortes impactem negativamente áreas de interesse estratégico ou afetem diretamente suas bases eleitorais.

Para o governo Lula, a aprovação da PEC será fundamental para sinalizar ao mercado e à sociedade que há um compromisso real com a responsabilidade fiscal, promovendo um ambiente econômico mais estável. Se aprovada, a PEC marcará um passo importante na consolidação de uma política de gastos que valoriza a eficiência e combate o desperdício, sinalizando um caminho de sustentabilidade para as finanças públicas brasileiras.

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