Pacientes mortos em clínica incendiada foram internados compulsoriamente

Os pacientes da clínica clandestina ligada ao Instituto Liberte-se, que pegou fogo no fim de agosto, deixando cinco mortos, estavam internados de forma irregular, segundo o delegado-chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), Bruno Cunha.

De acordo com ele, todos os internos da unidade estavam no local de maneira compulsória, porém, sem seguir os trâmites necessários. “Numa internação compulsória, existem previsões legais, dentre elas a comunicação ao MPDFT (Ministério Público do DF)”, explicou.

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“Aparentemente, isso não foi feito em nenhuma das internações da unidade que pegou fogo, incluindo as vítimas do incêndio. Esse é um dos fatores que levou à prisão temporária realizada nessa quinta-feira”, afirmou Cunha.

O delegado comentou que a internação compulsória pode ser feita em quatro situações. “Por determinação de um juiz, por meio da participação da família, após uma análise clínica de um médico especializado ou após a comunicação ao MPDFT”, esclareceu.

Prisões

Quatro pessoas envolvidas no incêndio da unidade do Instituto Liberte-se, no Paranoá, foram presas temporariamente pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesta quinta-feira (18/9).

Segundo o delegado, Bruno Cunha, as detenções foram necessárias após informações colhidas durante as investigações.

“Outras oitivas que tivemos reforçaram que o comportamento penal relevante deles foi intenso, no sentido de manter as pessoas trancadas no momento do incêndio, não adotando as providências necessárias para fazer o local funcionar de acordo com a lei”, afirmou.

Dois proprietários, um coordenador e um funcionário da clínica clandestina foram presos. De acordo com o delegado, se condenados, eles podem pegar mais de 30 anos de prisão.

Relembre o caso

Veja imagens da unidade incendiada:

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O Instituto Terapêutico Liberte-se, casa de reabilitação de dependentes químicos no Paranoá (DF), pegou fogo na madrugada deste domingo (31/8), por volta das 3h.

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Incêndio provocou uma tragédia

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Darley Fernandes de Carvalho, José Augusto, Lindemberg Nunes Pinho, Daniel Antunes e João Pedro Santos morreram no local.

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Atualmente, a clínica contava com mais de 20 internos

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As causas do início do fogo são desconhecidas. A 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) investiga o caso

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O Corpo de Bombeiros conteve as chamas e levou as vítimas aos hospitais regionais de Sobradinho (HRS) e da Região Leste, no Paranoá (HRL)

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Delegado não descarta crime de cárcere privado

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Lugar funcionava clandestinamente

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