Pela saúde: médico e nutri listam 5 alimentos que você deveria evitar

O hábito alimentar influencia diretamente a saúde, uma vez que escolhas frequentes podem favorecer o desenvolvimento de doenças crônicas, enquanto mudanças simples trazem benefícios duradouros. Alguns alimentos, embora populares, concentram substâncias que prejudicam o organismo de formas distintas.

O excesso de açúcar, sódio, gordura ruim e aditivos químicos presentes em produtos industrializados provoca inflamação silenciosa, resistência à insulina, sobrecarga hepática e aumento do colesterol ruim.

Além disso, muitos produtos são vendidos como “fit”, “light” ou “proteicos”, mas escondem ingredientes que ainda prejudicam a saúde. A leitura detalhada dos rótulos e a atenção ao horário de consumo são essenciais para escolhas conscientes.

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O Metrópoles conversou com um médico nutrólogo e um nutricionista para listar os alimentos que mais fazem mal para a saúde e que deviam ser evitados na dieta. Confira:

Refrigerantes e bebidas açucaradas

Refrigerantes e outras bebidas adoçadas com açúcar ou xarope de milho estão entre os principais vilões da alimentação saudável. Eles podem gerar sobrecarga pancreática, resistência insulínica, acúmulo de gordura no fígado e favorecem a obesidade.

O ácido fosfórico presente em muitos desses produtos pode enfraquecer os ossos — ao reduzir minerais essenciais, como cálcio e fósforo, tornando-os mais frágeis e porosos — e ainda interfere na microbiota intestinal, favorecendo o desenvolvimento da síndrome metabólica.

Além dos efeitos metabólicos, Lucas Alves Luquetti, médico especialista em nutrologia que atende em São Paulo, conta que alguns componentes dessas bebidas também aceleram o envelhecimento celular.

“Pensando em elementos que aceleram o envelhecimento celular, podemos falar do açúcar simples e dos xaropes que já vêm na fórmula dos refrigerantes. A glicação de proteínas que acontece nesse processo (AGEs) aumenta rugas, inflamação e pode até favorecer o desenvolvimento do câncer de pele”, detalha.

Embutidos e carnes processadas

Salsicha, presunto, salame e linguiça concentram sódio e aditivos como nitrito e nitrato. Esses componentes estão associados ao aumento de doenças cardiovasculares e podem contribuir para alguns tipos de câncer, especialmente no intestino. O consumo frequente de embutidos também influencia processos inflamatórios e favorece o envelhecimento precoce.

Ultraprocessados

Biscoitos recheados, salgadinhos de pacote e fast foods apresentam baixo valor nutricional e alta concentração de gorduras trans, açúcares e aditivos químicos — substâncias que sobrecarregam o organismo e dificultam o funcionamento adequado de órgãos como fígado e pâncreas.

Esses produtos também promovem inflamação crônica, interferem no metabolismo da insulina e elevam o risco de obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

Além disso, o consumo frequente pode alterar processos digestivos e hormonais, prejudicando a absorção de nutrientes essenciais. Eduardo Barcellos, nutricionista dos hospitais São Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, em Curitiba, explica que o que torna os ultraprocessados tão prejudiciais é a combinação nutricional.

“Esses alimentos combinam açúcar, gordura ruim e aditivos que estimulam o cérebro a querer mais. É uma fórmula que causa prazer imediato, mas pouca saciedade, favorecendo o consumo excessivo. Mesmo quando a quantidade parece pequena, a repetição ao longo do tempo contribui para inflamação silenciosa, resistência à insulina e aumento do risco cardiovascular”, explica.

Frituras por imersão

Alimentos como batatas fritas, pastéis e coxinhas preparados em óleo reutilizado produzem compostos pró-inflamatórios e tóxicos. O consumo frequente aumenta o risco de doenças cardiovasculares, acelera o envelhecimento celular e prejudica a digestão, especialmente quando ingeridos à noite, momento em que o corpo se prepara para o descanso.

Produtos com açúcar refinado e farináceos

Farinha branca, pães industrializados, bolos e massas elevam o índice glicêmico, provocando picos de insulina que favorecem o acúmulo de gordura abdominal e resistência insulínica, condição relacionada à diabetes tipo 2.

Pães industrializados são considerados ultraprocessados devido ao excesso de sódio, gordura e aditivos químicos, além da lista longa de ingredientes

Apesar de algumas versões, como o pão francês, fornecerem vitaminas do complexo B, o consumo excessivo contribui para desequilíbrios metabólicos e ganho de peso.

Substituição alimentar e redução de riscos

Evitar ou reduzir certos alimentos não exige mudanças radicais na rotina. Pequenas substituições podem fazer grande diferença sem comprometer o prazer de se alimentar.

Por exemplo, refrigerantes e bebidas açucaradas podem ser trocados por água com gás aromatizada com frutas ou por chás naturais gelados, opções que hidratam e oferecem sabor sem sobrecarregar o organismo com açúcar.

Em relação a embutidos e ultraprocessados, ovos, carnes frescas preparadas em casa ou pequenas porções de queijos naturais podem substituir produtos industrializados.

Biscoitos recheados e salgadinhos podem ser substituídos por frutas frescas combinadas com iogurte natural, castanhas ou sementes, garantindo sabor e nutrientes sem os aditivos prejudiciais.

Macarrão instantâneo e refeições prontas também podem ser adaptados de forma prática. Optar por massas tradicionais com molhos caseiros, vegetais e proteínas frescas permite controlar melhor os ingredientes e reduzir o consumo de sódio, gorduras ruins e aditivos.

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