O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, declarou seu apoio à manutenção integral do acordo bilionário firmado entre a Braskem e a cidade de Maceió. O pacto em questão busca blindar a empresa de responsabilidades adicionais pelo afundamento de diversos bairros na capital alagoana, problema que emergiu após décadas de mineração de sal-gema na região.
Essa declaração do PGR vem em meio a controvérsias, uma vez que o Governo de Alagoas sustenta que o acordo prejudica a total reparação dos afetados. Segundo autoridades estaduais, os danos causados pela atividade extrativa da Braskem são extensos e demandam uma abordagem mais abrangente para assegurar que todas as vítimas recebam a devida compensação e assistência.
O acordo bilionário, que visa resolver litígios e cobrir os custos de evacuação e realocação de milhares de famílias, é visto por alguns como insuficiente frente à magnitude dos prejuízos. O afundamento dos bairros impactou não apenas as moradias, mas também a infraestrutura local, trazendo consequências econômicas e sociais significativas para Maceió.
Paulo Gonet Branco, contudo, sustenta que o pacto é uma solução viável para mitigar os problemas imediatos e garantir um fluxo financeiro estável para os esforços de reparação. O PGR acredita que a manutenção do acordo é crucial para a continuidade das ações de emergência e recuperação das áreas afetadas.
A situação dos bairros afetados em Maceió continua a ser uma questão delicada, com muitas famílias ainda enfrentando incertezas quanto ao futuro. Enquanto o debate jurídico e político se desenrola, a prioridade permanece na busca por uma solução justa e efetiva para todos os prejudicados pela atividade de mineração de sal-gema na região.