O homem que morreu após ter seu cavalo atingido por uma moto foi identificado como Alaércio André da Silva, de 37 anos (foto em destaque). A colisão ocorreu no último domingo (20/7), no km 5 de Sobradinho dos Melos, próximo ao Paranoá, no Distrito Federal.
Alaércio foi socorrido e levado ao Hospital de Base com fratura craniana e sangramento intento. O cavaleiro, que era assessor da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF), morreu nessa terça-feira (22/7).
Além dele, o motociclista também morreu no local do acidente após ser atingido por um carro.
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Alaércio André da Silva, 37 anos
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Quem era o homem que montava cavalo que morreu em acidente com moto
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Acidente que envolveu motociclista, cavalo e carro na região de Sobradinho dos Melos, próximo ao Paranoá, no DF
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Relembre o caso
- De acordo com a Polícia Militar (PMDF), o local é área rural sem iluminação.
- O motociclista colidiu com a traseira do cavalo e caiu do lado oposto da pista. Neste momento, um carro o atropelou.
- A mulher de 19 anos que estava na garupa da moto está internada aguardando cirurgia. O motorista do carro que atropelou o motociclista não se feriu.
- Um passageiro do carro também chegou a ser levado para o hospital, mas não há informações sobre o estado de saúde dele.
Morte e precariedade da infraestrutura na via
A morte de um motociclista e de Alaércio na região rural de Sobradinho dos Melos acendeu o alerta para a precariedade da infraestrutura na via.
A colisão ocorreu em uma via sem iluminação pública, sem sinalização adequada e com alta circulação de animais, fatores que, de acordo com moradores, são recorrentes e há anos negligenciados pelo poder público.
“Se tivesse iluminação, o acidente não teria acontecido”, afirmou o empresário Sylvio Serafim, de 36 anos, morador da região. “A falta de iluminação é o principal problema. Também faltam acostamentos, ciclofaixas, quebra-molas. A duplicação da via pode até vir um dia, mas precisamos de medidas urgentes”, completa.
O trecho onde ocorreu o acidente foi asfaltado entre 2012 e 2014, mas, segundo relatos, nunca recebeu manutenção adequada na sinalização horizontal e vertical. “As faixas já estão apagadas. A visibilidade é péssima à noite. E, sem radares ou fiscalização, motoristas abusam da velocidade”, diz Sylvio.
A área tem forte presença rural e de criadores de cavalos. A prática de cavalgadas é comum entre os moradores e, por falta de infraestrutura nas estradas, os cavalos frequentemente dividem espaço com carros e motocicletas.
A vítima que conduzia o cavalo, segundo moradores, era conhecida na região. “Era praticamente um líder aqui. Batalhou por melhorias, calçamento de estradas… É em memória dele que a gente vai protestar”, diz Sylvio.