A tarde desta sexta-feira (9) foi marcada por uma tragédia aérea que chocou o Brasil. Um avião ATR-72 da Voepass Linhas Aéreas caiu em Vinhedo, interior de São Paulo, vitimando 61 pessoas. O acidente, considerado o quinto maior na história da aviação comercial no país, levanta questionamentos sobre as condições climáticas e o histórico de segurança da aeronave.
Especialistas apontam que o mau tempo pode ter desempenhado um papel crucial na tragédia, possivelmente contribuindo para o acúmulo de gelo nas asas do avião. Relatos de pilotos que sobrevoaram São Paulo na sexta-feira confirmam a presença de uma condição atmosférica anormal. O ATR-72, um avião de médio porte conhecido por sua segurança, opera a uma altitude onde a formação de gelo é mais comum, o que pode ter agravado a situação.
Em coletiva de imprensa realizada na noite de sexta-feira, representantes da Voepass informaram que o ATR-72 havia passado por manutenção na noite anterior ao acidente e estava em condições técnicas dentro dos padrões da companhia. A empresa ressaltou que a aeronave seguia sua rota normal até o momento da queda, e que as causas do acidente ainda precisam ser minuciosamente investigadas.
A aeronave transportava 62 pessoas, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes, e decolou de Cascavel (PR) às 11h50, com previsão de pouso em Guarulhos (SP) às 13h45. De acordo com informações da Força Aérea Brasileira (FAB), o avião deixou de responder às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo às 13h21, e a perda de contato radar ocorreu um minuto depois. O SALVAERO, serviço de busca e salvamento da Aeronáutica, foi acionado às 13h26 e localizou a aeronave acidentada em uma área dentro de um condomínio.
A queda do avião em uma área residencial de Vinhedo gerou grande comoção e deixou o país em luto. Autoridades locais e equipes de emergência foram rapidamente mobilizadas para o local do acidente, enquanto familiares das vítimas buscavam informações sobre seus entes queridos. A Voepass e as autoridades aeronáuticas prometem transparência e agilidade nas investigações para que as causas da tragédia sejam esclarecidas.
Enquanto o país espera por respostas, a queda do ATR-72 serve como um triste lembrete dos riscos envolvidos na aviação, mesmo em uma indústria que constantemente evolui em termos de segurança e tecnologia.