Veja quem são os policiais responsáveis por abordagem truculenta e abandono de criança

Os policiais civis responsáveis pela ação truculenta que chocou moradores, comerciantes e pedestres da 112 Norte, na tarde desta quarta-feira (9/7), foram identificados. Eles foram flagrados por populares agredindo um motorista após um acidente de trânsito.

Os agentes em questão são Gustavo Gonçalves Suppa (de camiseta branca, à esquerda) e Victor Baracho Alves (de camiseta preta, à direita). Gustavo e Victor imobilizaram o publicitário Diego Torres Machado de Campos, 42 anos, após o carro dele encostar, sem danos relevantes, em uma viatura descaracterizada da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) na qual estavam os policiais.

O vídeo abaixo mostra os servidores imobilizando Diego, enquanto a população pede calma aos agentes e clamam por cuidado para com o filho do motorista, Tito, de apenas 5 anos.

Assista:

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Um batia, o outro dava cobertura

Uma das mulheres que acompanharam toda a cena afirma estar “chorando e em choque” mesmo horas após o ocorrido. “Do jeito que abordaram o rapaz, parecia que ele era um assaltante de banco. Eu cheguei para perguntar, e o policial já apontou a arma na minha cara”, conta a testemunha, que prefere condição de anonimato.

Segundo ela, eram dois policiais envolvidos no caso. “O de preto batia no motorista e o de branco dava cobertura. Eram super violentos. O de branco ficou um tempão colocando o rosto da vítima contra o asfalto”, relata.

A mulher conta que chegou a receber ordem de prisão, mas que os policiais desistiram de levá-la. “Eles só não fizeram algo mais violento porque juntou muitas testemunhas”.

Outra testemunha do caso, que também pede para não ser identificada, resumiu: “O rapaz colidiu com uma viatura à paisana. A viatura, então, fechou o carro do motorista, e os policiais, sem se identificar, o retiraram do veículo de uma forma totalmente truculenta, agressiva, com socos e coronhadas”, afirma. “A todo momento ele gritava que estava com o filho”, completa.

Segundo a testemunha, a população se juntou para socorrer o filho do motorista e acabou sendo intimidada pelos policiais. “Eles apontaram arma para todo mundo. Em seguida, chegaram mais viaturas. Foi um terror, um pânico, uma cena horrorosa”, classifica.

“Eles levaram o condutor do veículo preso e abandonaram a criança aqui, sem nenhum responsável. A sorte foi que nós mulheres nos unimos e acolhemos o menino até a mãe dele chegar. Foi uma ação agressiva, truculenta, exagerada, com abuso de poder.”

A mãe de Tito, a colunista do Metrópoles Gabriella Furquim, 34 anos, conta como soube da prisão. “Me ligaram do celular dele falando que o Tito estava sozinho, muito assustado, e me dando endereço pedindo pra ir rápido. Chegando lá, o policial me abordou dizendo que eu tinha que entrar na viatura, prestar depoimento porque o pai do meu filho tinha cometido um crime. Eu disse que queria ver meu filho primeiro e aí encontrei o Tito com outra pessoas desconhecidas que me falaram que o pai foi arrancado do carro, espancado, preso e que tinham deixado o Tito sozinho.”

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