Em agosto de 2022, Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos — conhecida como Diaba Loira e integrante do Terceiro Comando Puro (TCP) — foi vítima de uma tentativa de feminicídio cometida por um ex-companheiro, pai de seus filhos. O crime aconteceu em Santa Catarina.
A partir daquele episódio, a trajetória de Eweline tomou um rumo radical, culminando em sua entrada no tráfico de drogas no Rio de Janeiro — e, mais recentemente, em sua execução, ocorrida na última sexta-feira (15/8), no bairro de Cascadura.
Na época, a página Tubarão Bela SC publicou vídeos de Eweline. Em uma das gravações, ela relata o que aconteceu e pede ajuda para que o ex-marido — então foragido — fosse denunciado. Em outra imagem, ela aparece fazendo fisioterapia, com dificuldades para andar e utilizando um suporte.
Assista:
Antes de entrar para o mundo do crime e integrar as facções CV e TCP, Eweline levava uma vida completamente diferente.
Ela vendia trufas de chocolate para ajudar a pagar a faculdade de Direito, que cursava em meados de 2022. Na época, também comercializava produtos pelas redes sociais, como perfumes e maquiagens.
Casada e mãe de dois filhos, Eweline compartilhava publicamente uma rotina distante da criminalidade. Postava fotos da gravidez, momentos com a família e até imagens exibindo medalhas conquistadas.
Com um perfil ativo no Facebook, mantinha uma presença on-line voltada à vida pessoal e ao trabalho informal de vendas.
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Diaba Loira grávida, com as mãos na barriga
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Antes do tráfico, Diaba Loira vendia doces para faculdade de Direito
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Diaba Loira mostra medalha
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Diaba Loira com companheiro
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Vida de Diaba Loira em Santa Catarina, antes de entrar para vida do crime
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Diaba Loira com o suposto companheiro que teria tentado matá-la
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Mais detalhes:
- Apesar de ser originalmente do Comando Vermelho (CV), Diaba Loira havia migrado recentemente para o TCP.
- Ela era procurada pela PCERJ por envolvimento com o tráfico de drogas e organização criminosa.
- Desde que saiu de Santa Catarina e se juntou à facção, Eweline passou a ostentar nas redes sociais armas de grosso calibre, como fuzis.
- Além disso, publicava vídeos provocativos, como o que dizia “não me entrego viva, só saio no caixão.”
Morte da mãe
Em julho, a traficante publicou um vídeo em que afirmava que o Comando Vermelho (CV) havia assassinado sua mãe.
Na publicação, ela disse que a facção, da qual havia se desvencilhado recentemente para se juntar ao grupo rival, o Terceiro Comando Puro (TCP), havia cometido a covardia de matar “a única pessoa que ela tinha”.
“Vim fazer esse vídeo para contar da covardia que o Comando Vermelho fez com a minha mãe, tá ligado? Mano, papo reto, nossa guerra é entre a gente, não é entre família, não”, declarou.
A criminosa afirmou que a mulher morava longe e, ainda assim, tornou-se alvo da facção carioca. “Ceis pegaram minha família, ceis mataram a única pessoa que eu tinha. Acabaram com ela sendo que ela morava lá longe, mano, ela não tinha nada a ver comigo, ela nem falava comigo e esses filha da puta aí do CV sabiam, geral sabia”, reclamou.
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Veja quem é a Diaba loira do CV que escapou após meter bala na PM
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Eweline Passos Rodrigues tem 28 anos
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Diaba Loira é jurada de morte por CV, após mudar para o TCP
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A faccionada durante uma operação
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Diaba Loira fazendo o símbolo do TCP
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Foto das redes sociais
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